Em 28 de julho, celebrando o Dia do Agricultor, o prefeito Ricardo Nunes esteve na região de Parelheiros, zona Sul paulistana, onde anunciou ações de fortalecimento e incentivo à agricultura na cidade, como o investimento de R$ 60 milhões em ações nessa área, o lançamento do Plano Municipal de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, a parceria com a Enel para a utilização de mais áreas para plantação e o Turismo Pedagógico. A atividade contou com a presença de autoridades e de agricultores do município.
“Hoje, Dia do Agricultor, lançamos o Plano Municipal de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável dentro da área rural, pois é importante para a cidade de São Paulo fixar os agricultores no campo”, disse na ocasião o prefeito Ricardo Nunes, ao anunciar as medidas.
O prefeito destacou que nos próximos 12 meses serão investidos R$ 60 milhões em ações de fortalecimento de hortas. “Dentro desse investimento teremos 1,7 mil hortas que serão feitas nas escolas municipais e duas mil mães POT- Agricultura, que são mães de alunos da nossa rede. Elas trabalharão nas hortas das escolas, fazendo o plantio e a colheita dos produtos junto com os alunos, que poderão levar os alimentos para suas casas. Desta forma, toda a comunidade escolar poderá interagir durante o processo”, explicou Nunes, acrescentando que também está sendo ampliada a Operação POT para mil pessoas trabalharem no campo, além de estabelecer uma parceria com a Enel para a cidade ter mais cinquenta hortas para desenvolver a agricultura.
A principal medida anunciada foi a instituição do Plano Municipal de Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável, elaborado em conjunto com o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Solidário e Sustentável. O documento indica ações de inclusão econômica e incentivo para o crescimento de atividades agroecológicas no município, para melhorar as condições de trabalho de agricultores familiares urbanos e rurais da cidade.
Por meio de 16 eixos temáticos, o plano apresenta estratégias e metas a serem cumpridas, sendo algumas consideradas urgentes e outras mais ambiciosas, que devem ser instituídas nos próximos oito anos.
Todas as ações são norteadas pela Coordenadoria de Agricultura da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, por meio do programa Sampa+Rural, desenvolvido para atender, impulsionar e ampliar as atividades de agricultura na cidade.
O objetivo estabelecido pela Prefeitura é estruturar quatrocentos espaços de agricultura na cidade até o fim de 2024. Atualmente, o município conta com 319 pontos que tiveram atendimento do programa.
“Aproximadamente 30% da cidade é composta por espaços de agricultura, que geram alimentos de qualidade por um baixo custo para a população. Nosso objetivo é fortalecer e expandir este setor importante para o município, oferecendo atendimento especializado, que vai desde o uso de bioinsumos até a inserção de beneficiários do POT Agricultura em hortas comunitárias”, destacou a secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso.
OUTRAS INICIATIVAS
O primeiro ato foi a inauguração da placa de identificação Sampa+Rural da horta pedagógica “Escola de Agroecologia”, instalada no mesmo espaço e administrada pela Umapaz da Secretaria do Verde e Meio Ambiente (SVMA).
Segundo a Secretaria, a iniciativa visa valorizar e reconhecer iniciativas que promovam uma cidade mais saudável, sustentável e solidária, além de fortalecer as redes de apoio e facilitar que mais conexões possam acontecer entre as unidades.
Em seguida, o prefeito e sua equipe visitaram o Teia Parelheiros, coworking público da Ade Sampa, que também está instalado no espaço e oferece acesso e capacitação para agricultores e produtores do entorno.
Também foi selada uma parceria para o setor de agricultura na cidade. A Enel Distribuição São Paulo, concessionária de energia elétrica, firmou uma parceria com a Prefeitura para permitir o acesso e gestão de até cem terrenos de linhão até o fim de 2024, que poderão se transformar em espaços de agricultura comunitária.
Já em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, foi anunciada uma nova frente de trabalho com 2 mil mulheres, também mães de estudantes matriculados na rede municipal de ensino, para atuarem na estruturação e administração de hortas pedagógicas. O objetivo da iniciativa é conscientizar as crianças e criar conexões com hábitos alimentares saudáveis e educação ambiental.
Além das atividades nas hortas e trabalhos de conscientização, as mulheres também atuarão na disseminação de uma cultura de paz e não violência, acolhimento dos estudantes e estreitamento de laços entre unidades escolares e comunidades.
Também em parceria com a Secretaria de Educação, o programa Sampa+Rural desenvolverá um programa voltado aos alunos da rede municipal de ensino, criando rotas turísticas em espaços de agricultura em toda a cidade, fortalecendo a conexão dos alunos com a conscientização ambiental.
A Coordenadoria de Agricultura também informou que o Programa Operação Trabalho (POT) Agricultura foi ampliado e soma mais 218 beneficiários aos mil anunciados em maio passado. Eles são responsáveis por auxiliar no plantio, cultivo e gestão de espaços de agricultura.
Outro destaque do evento foi a entrega de cinco novos tratoritos para os técnicos e extensionistas do programa Escola de Agroecologia, responsáveis pelo atendimento aos agricultores. O mini veículo é útil para arar, afofar e deixar o solo permeável e descompactado para o plantio. Também foram entregues unidades de pás, enxadas, chapéus, luvas, blusas e mangueiras de irrigação, entre outros, que serão usados pelos agricultores de modo compartilhado.
OUTRAS ENTREGAS
A Prefeitura informou que irá entregar insumos sólidos para recuperação de solo, com capacidade de atendimento de cerca de 100 hectares de correção de solo em mais de trezentos locais de agricultura, com efeitos que vão permanecer por até cinco anos.
Também vinte projetos de agricultura foram beneficiados com a primeira edição do programa “Acelerando Hortas” da Agência São Paulo de Desenvolvimento (Ade Sampa), que em sua primeira edição apoiará as iniciativas com R$ 30 mil, além de uma assessoria gerencial por seis meses.
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