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ARTIGO: “Comer faz bem para o clima”

O aquecimento global gera mudanças climáticas nocivas para toda espécie de vida, principalmente a humana. Ele é gerado pela excessiva emissão dos gases causadores do efeito estufa, provenientes do transporte. Como exemplo, 61% das emissões paulistanas provêm da mobilidade.

Enquanto não se acelera com o ritmo necessário a transição energética, dependente de tantas e tão complexas causas, a cidadania tem como colaborar para a mitigação das consequências danosas das mutações do clima.

Uma delas, é se alimentar melhor. Comer menos enlatados, menos embutidos, também menos comidas artificiais e igualmente prejudiciais à saúde e ao clima. Por exemplo: uma dieta baseada em consumo de vegetais crucíferos, como brócolis, couve-de-bruxelas, couve-flor e repolho. Ricos em substâncias que aumentam as linhas de defesa naturais do corpo contra danos diários às células.

Tomates e pratos à base de tomates são saudáveis e evitam o câncer. Feijão e outros tipos de leguminosas, como grão de bico, ervilha e lentilha, são ricos em proteínas. São fontes de fibra, essencial para a saúde intestinal e imunológica.

Castanhas, nozes, a noz pecã, que é nossa e tão bem se aclimatou com a nossa região, constituem outra fonte de saúde. Frutas silvestres como morango, mirtilo, amora, romã, framboesa e a saborosa pitanga têm muito antioxidante e vitamina C, além de flavonoides.

Tudo isso, com o milagroso alho, que é um valente combatente contra o câncer. Pelo menos cinco dentes de alho por semana previnem essa fatídica enfermidade. E todos esses produtos da terra podem provir da agricultura familiar, atividade que precisa ser estimulada nas grandes cidades, a partir da capital.

Qual o motivo, além dos já expostos? Produção mais próxima ao consumo evita longos deslocamentos de caminhões movidos a óleo diesel, um dos venenos que nos matam aos poucos e contra os quais não tomamos providências simples, como se alimentar bem, simultaneamente, também fazendo o bem para o clima da cidade.

Faça a sua parte: melhore a sua saúde e a cidade onde mora.

 

JOSÉ RENATO NALINI

(SECRETÁRIO-EXECUTIVO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS DE SÃO PAULO)

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