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Vereador Marcelo Messias propõe o fim do uso do Pix na capital

“O uso dessa opção financeira (o Pix) fez explodir o número de sequestros relâmpagos pela cidade. Temos que zelar não só pelo lado do uso da tecnologia e da agilidade da ferramenta, mas também da segurança dos seus usuários”, argumenta o vereador Marcelo Messias (MDB), que protocolou na última semana, um projeto de lei na Câmara Municipal de São Paulo que propõe o fim do uso do Pix na capital, sob multa diária de R$ 10 mil para instituições financeiras que efetuarem a modalidade de pagamentos instantâneos.

O Pix é um meio de pagamento eletrônico instantâneo e gratuito oferecido pelo Banco Central do Brasil à pessoas físicas e jurídicas. Foi lançado oficialmente no dia 5 de outubro de 2020, com início de funcionamento integral em 16 de novembro do mesmo ano. O Pix funciona 24 horas, sete dias por semana, entre instituições financeiras, fintechs e instituições de pagamento.

Suas chaves de transação (conhecidas como ‘chaves Pix’) podem ser cadastradas utilizando os números do telefone celular, CPF ou CNPJ e endereço de e-mail do usuário. Além disso, é possível gerar uma chave aleatória (sequência alfanumérica gerada aleatoriamente) para aqueles usuários que não desejam vincular seus dados pessoais à ‘chaves Pix’.

“Muitas pessoas acabam inserindo dados importantíssimos, como CPF e CNPJ como chave do Pix, e repassam essas informações para pessoas estranhas, ficando vulneráveis a situações que podem levar a um prejuízo financeiro”, justifica Messias.

Segundo levantamento realizado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), mais de 70% dos que conheciam o novo sistema de pagamento cadastraram ao menos uma chave de acesso. Entre as chaves mais cadastradas, o CPF é a favorita, seguida pelo número de celular, e-mail e chaves aleatórias. Ainda de acordo com a pesquisa, o principal motivador para o uso da ferramenta é relacionado à facilidade e rapidez do sistema de pagamento.

“Essa facilidade é ilusória, pois caso um correntista sofra um sequestro relâmpago ou algum golpe pela internet, o mesmo terá uma enorme dor de cabeça para tentar reaver o dinheiro perdido. Vejo que essa facilidade é apenas voltada para os bancos, e não para os seus usuários. Temos que pensar primeiramente na segurança e no bem estar das pessoas, e refletir sobre o uso dessa tecnologia”, finaliza o vereador.

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