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Surpresa inesquecível – “Historias de Serenatas”

O mês de dezembro é super corrido para a trupe da Serenata & Cia., e foi justamente num fim de tarde de um domingo de dezembro que recebemos a ligação do senhor Augusto, um senhor de 85 anos, que queria fazer uma homenagem para o grande amor da sua vida.

Ele contou estar casado há 60 anos com Matilde, sua primeira e única namorada. Pediu as músicas que tocavam na década de 50 quando se conheceram. Falou que queria tudo do bom e do melhor para homenagear a sua amada e, então, ficou tudo acertado: Fredi Jon em quarteto faria a homenagem para dona Matilde na semana seguinte, com direito a buquê de rosas e tudo.

Na data marcada lá foram nossos músicos para o endereço dado pelo contratante. No meio do caminho, o flautista que havia ido em seu próprio carro, liga meio confuso.

— Alô, Fredão…
— Fala.
— Então, eu já cheguei no local, e acho que tem alguma coisa errada.
— Espera aí que já tô chegando também.

Assim que virou a esquina, Fredi vê o flautista parado na frente de um asilo. Os músicos ficaram um pouco confusos, já que no primeiro contato o contratante dissera que a homenagem seria na casa deles. Fredi já ia ligar para ele, mas eis que surge o senhor Augusto vindo de dentro do asilo. Ele estava todo animado, abriu os portões colocando os músicos para dentro, foi logo pegando o buquê e dando as coordenadas. Pediu para que já entrassem cantando porque ela estava sentada na sala, e assim fizeram nossos músicos.

As enfermeiras paradas no corredor olhavam tudo com curiosidade com seus respectivos telefones apontados para a trupe, e lá estava a senhora Matilde, sentada em uma poltrona confortável, totalmente alheia a tudo. Os músicos começaram a tocar, e foi no meio da primeira música que algo realmente surpreendente aconteceu: o senhor Augusto entrou com as flores e carinhosamente começou a chamar por sua “Tidinha”. A mulher devagarzinho foi abrindo os olhos e de repente deu um enorme sorriso, dizendo: – Gostinho, você veio me buscar! Os dois idosos se abraçaram longamente e começaram a dançar e no corredor começou um chororô danado.
No final da serenata tudo foi esclarecido. Matilde sofre de Alzheimer e não reconhecia mais o marido. Augusto resolveu se mudar para um asilo com a esposa para poder dar uma melhor qualidade de vida para ela, e em 10 anos morando lá, essa foi a primeira vez que a senhora reconheceu o marido.

Pois é, gente, a música faz milagres.

Texto de FERNANDA MORENA – Confira no site WWW.SERENATAECIA.COM.BR outras histórias emocionantes na aba MINUTO SERENATA

NOTA: Nas fotos, as imagens dos personagens da historia foram preservadas.

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