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Em documento, Fiesp e Ciesp sugerem temas prioritários para futuro presidente

A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) prepararam juntos uma carta aberta para entregar aos candidatos à presidência da República, em que elencam diretrizes para 13 temas que consideram prioritários para o país, como educação, economia verde, reforma tributária, política industrial e democracia. As diretrizes foram idealizadas e discutidas com foco no mandato do governo federal que se inicia no ano que vem e termina em 2026.

No dia 21 de julho, o candidato Ciro Gomes, do PDT, foi o primeiro a receber o documento, após ter participado de um encontro com a diretoria das duas entidades. Ciro estreou a série de encontros com presidenciáveis promovida pelas duas casas. Cerca de 250 diretores acompanharam o encontro presencialmente e cinco mil assistiram pela internet.

No documento as duas entidades representativas da indústria citam o quanto a pandemia e a guerra da Ucrânia vem dificultando a normalização das cadeias globais de suprimentos. As diretrizes foram pensadas neste contexto, considerando também as dificuldades estruturais que pesam sobre o país.

Para as duas casas, o setor indústria foi recolocado como o motor para a retomada econômica como consequência de um novo consenso baseado em experiências internacionais e levando em conta as mudanças e a sustentabilidade. “Com essa visão de futuro e com a certeza de que a sinergia entre os setores público e privado é fundamental, assim como o constante diálogo com a sociedade civil, poderemos reconstruir um país que investe, promove a inovação, gera empregos de qualidade e crescimento sustentável”, afirmam as duas entidades.

ALGUNS DESTAQUES

O documento sugere políticas bem delineadas como a revisão da incidência de encargos previdenciários para o incentivo à formalização de empregos. A tributação da folha de salários é um dos assuntos no tópico sobre a reforma tributária.

Nos itens sobre a política industrial, as casas sugerem a ampliação de acordos de cooperação internacional contendo contrapartidas de internacionalização de competências. Para as entidades, é preciso também reduzir a vulnerabilidade de cadeias críticas, como a de alimentos, energia, tecnologia da informação e comunicação, saúde e segurança/defesa com a dinamização de encomendas tecnológicas e do poder de compra do Estado, o aprimoramento da regulação das cadeias e a atração de investimentos de empresas estrangeiras na fronteira tecnológica.

Sobre o quesito economia verde, o documento defende a descarbonização e confere maior segurança à matriz energética. “Além disso, será preciso maximizar o potencial da bioeconomia como base para a inclusão social das populações vulneráveis e das comunidades tradicionais”, diz a diretriz.

Já sobre educação, o documento fala em viabilizar a Educação Infantil de qualidade, articulada com atendimento integral na primeira infância e na adoção de políticas voltadas à alfabetização na idade certa. Sobre o Ensino Médio, as diretrizes sugerem, dentre outras coisas, a reformulação desta etapa do ensino, mas também intensificar o uso de tecnologias digitais, bem como implementar estratégias de valorização do ensino profissionalizante.

A carta também aborda o compromisso com a democracia, o Estado de Direito e a solidariedade social como parte das diretrizes para a segurança jurídica. Segundo o documento, estas são as principais vítimas das crises econômicas e institucionais. “O compromisso com a segurança jurídica é premissa essencial para o futuro de qualquer país na contemporaneidade”.

Os demais temas do documento são ambiente macroeconômico, inovação e tecnologia, comércio exterior, infraestrutura, política social, construção civil e habitação, agronegócio e modernização trabalhista.

AGENDA DOS ENCONTROS

Os candidatos convidados para os encontros foram escolhidos conforme desempenho baseado em pesquisas eleitorais do país. Além de Luiz Felipe D’Avila, que compareceu no dia 27 de julho, os outros convidados são Simone Tebet (01/08), Luiz Inácio Lula da Silva (09/08), Jair Bolsonaro (data a confirmar) e Andre Janones (data a confirmar).

Ao final dos encontros, a Fiesp e o Ciesp entregarão uma carta-compromisso para que os candidatos assinem em defesa de questões focadas pelas entidades, como a reforma tributária, o combate à desigualdade social e a sustentabilidade do país.

Fonte: Adriana Matiuzo (Assessoria de Imprensa)

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