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Devido a reforma, atendimento do Maria Antonieta será transferido para unidade do Jardim Icaraí

No dia 1º de junho começaram as obras de ampliação do Pronto Socorro Municipal (PSM) dona Maria Antonieta Ferreira de Barros, na região do Grajaú. O pronto-socorro passará a ser uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) modalidade VIII (antiga III), que ampliará os atendimentos de saúde de baixa e média complexidades, segundo a Coordenadoria Regional de Saúde – Sul (CRS-Sul).

Com o avanço das obras, a Coordenadoria informou que é necessário interromper o atendimento no prédio. O atendimento passa a ocorrer na Assistência Médica Ambulatorial / Unidade Básica de Saúde (AMA / UBS) Jardim Icaraí Quintana, que funcionava por 12h e passa a ser 24h para suprir a demanda. A AMA / UBS Jardim Castro Alves passa a funcionar 24h e permanecerá em regime porta-aberta das 7h às 22h.

De acordo com a CRS-Sul, a UPA modalidade VIII é responsável pela cobertura de atendimento para um grupo de 200 a 300 mil pessoas. Com a ampliação, a unidade contará com 452 profissionais – com vinte plantonistas médicos em 24h – o que representará ao menos, mais de 20 mil atendimentos mensais. A unidade também contará com uma base do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

A Coordenadoria informou ainda que as novas salas e serviços da UPA Maria Antonieta serão os seguintes: Setor assistencial; Salas de espera, de 3 para 4 salas; Consultórios médicos, de 7 para 9 consultórios; Sala de Odontologia; Sala de Eletrocardiograma (ECG); Sala exclusiva para imobilizações ortopédicas; Laboratório de Análises Clínicas; Ampliação da sala de coleta, sala de medicação, inalação e sala de serviço social.

Já no setor de Urgência / Emergência serão: Leitos de observação, de 11 para 15 leitos; Leitos de emergência, de 3 para 5 leitos; Ampliação da sala de sutura e curativos; Base do SAMU; Quartos de isolamento.

O setor de Integração de Serviços terá: Ampliação e integração da farmácia, ampliação da copa / cozinha, sala de raio-X, rouparia, Central de Materiais Esterilizados (CME), Depósito de Materiais de Limpeza (DML) e abrigos de lixo; Implementação da sala de manutenção e almoxarifado.

Por fim, os setores de convivência terão a ampliação do refeitório, vestiários masculino e feminino, conforto médico e conforto de enfermagem. E os setores administrativos terão ampliação da sala de RH, Serviços de Arquivo Médico e Estatística (Same) e da sala de administração.

Fechamento gera protestos

O fechamento para a realização de obras de ampliação do PSM dona Maria Antonieta Ferreira de Barros está gerando protestos e contestações de moradores e de entidades da região do Grajaú e de outros distritos.

Organizado pelo Movimento Popular de Saúde da Capela do Socorro, foi realizado um ato público de protesto nas proximidades do PSM Maria Antonieta, na manhã de 17 de junho, um dia após o fechamento do PSM, e que contou com a presença de aproximadamente cem pessoas.

O Movimento alegou que o fechamento – previsto para três meses, à princípio – do PSM Maria Antonieta trará grandes transtornos à população local, que “já sofre bastante com o enorme vazio assistencial do território”.

O Movimento Popular lembrou que vem discutindo a questão com as autoridades da Saúde desde fevereiro último, para tentar minimizar os impactos para a população com o fechamento da unidade para obras. Para tanto, a entidade apresentou as seguintes propostas:

– Garantir que o Pronto Socorro permaneça nas proximidades do PSM Maria Antonieta, alocando outro imóvel, até que a obra seja concluída;

– Que as AMA’s (Assistência Médica Ambulatorial) da região fiquem abertas 24 horas;

– A reabertura do Pronto Socorro do Hospital Geral do Grajaú – HGG (atualmente destinado só a casos de Covid-19);

– Início imediato da construção da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Grajaú, ao lado do HGG;

– Retorno das especialidades para a unidade do Icaraí.

Durante o ato público, os manifestantes disseram ainda que as duas AMA’s indicadas para receber os usuários do Maria Antonieta são distantes da região e de difícil acesso para as pessoas que não possuem condução própria. Também reclamaram da falta de diálogo, consideração e de transparência das autoridades de Saúde para com a população que depende do atendimento do PSM Maria Antonieta.

 

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