A partir de 2 de abril, a cidade de São Paulo passou a contar com o apoio do Corpo de Bombeiros para reforçar os trabalhos de poda e corte de árvores e de atendimento pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). O custo da Operação Delegada é cem por cento pago pela Prefeitura.
O programa é realizado por meio de um convênio entre a Prefeitura, que paga a gratificação aos profissionais, e o governo do Estado para que agentes da Polícia Militar reforcem o policiamento na cidade durante suas folgas. Guardas-civis municipais (GCM’s) também atuam no programa.
Após uma lei do prefeito Ricardo Nunes aprovada no fim do ano passado, os bombeiros passaram a integrar a Operação Delegada. O foco da atuação é aumentar a segurança e reorganizar o espaço público. A adesão ao programa é voluntária.
Ricardo Nunes ressaltou que o objetivo do convênio é salvar vidas, tanto reduzindo o tempo de socorro realizado pelo Samu quanto realizando a poda ou corte de árvores que estão na iminência de queda. Para o Samu serão destinados 94 bombeiros para reforçar os atendimentos, com 34 ambulâncias, das quais 20 para o período diurno, 10 para o noturno e 4 reservas, que são equipadas com desfibrilador.
Para os trabalhos de poda e corte de árvores serão destacados seis bombeiros, que utilizarão os dois caminhões do modelo autoplataforma fornecidos pela Prefeitura em novembro de 2023, para auxiliar na poda de árvores.
A Prefeitura informa que investiu R$ 1,6 milhão na compra dos veículos, que são semelhantes às unidades usadas por empresas de energia elétrica. Eles tem capacidade de alcançar grandes alturas graças ao braço de articulação que sobe 14 metros e gira até 360 graus. De acordo com o prefeito, outros seis veículos desse tipo já foram encomendados.
Segundo o secretário estadual da Segurança Pública, Guilherme Derrite, esse tipo de equipamento é essencial tanto para a proteção da população quanto para a segurança dos profissionais, já que “os maiores acidentes que acontecem com bombeiros é no corte de árvore. Muitos deles perderam a vida”, afirmou Derrite.
LEI INCLUIU OS BOMBEIROS
A lei que incluiu os bombeiros nessas atividades justifica que esses profissionais têm “indiscutível expertise técnica para atuar nas atividades delegadas ao Corpo de Bombeiros pelo município. A integração dos serviços estadual e municipal para realizar corte e poda de árvores, bem como para o atendimento pré-hospitalar, diminuirá o tempo resposta em situações de emergência, bem como auxiliará na segurança pública, reduzindo o risco de queda de galhos, bem como melhorará a saúde das árvores e a estética e visibilidade no município”.
Nos casos de poda e corte de árvores, deverá ser seguida a doutrina contida nos manuais do Corpo de Bombeiros, em que serão seguidos os seguintes passos: analisar a situação; reconhecer o local; identificar a árvore; estabelecer medidas de segurança; isolar a área (se necessário); evacuar imóveis (se necessário); solicitar apoio (se necessário); e executar o corte ou poda.
A inclusão do Corpo de Bombeiros no projeto de lei foi uma demanda apresentada pelo vereador bombeiro Palumbo. O comandante do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, coronel PM Nilton Cesar Zacarias, destacou a importância da parceria que “irá fortalecer todos os elos para gerar valores para a sociedade”.
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