DestaqueLeia TambémÚltimas Notícias

Atos públicos contra fechamento de hospitais da região

Foram realizados atos públicos por movimentos populares de Saúde, representantes comunitários, conselheiros e gestores de Saúde e por outros membros da sociedade civil, contra a medida do governo estadual paulista que suspende o atendimento nos prontos socorros de quatro hospitais estaduais da capital, entre eles, os do Grajaú e de Pedreira, aqui na zona Sul paulistana.
De acordo com a medida governamental, nessas unidades só serão atendidos os casos de pessoas com o novo coronavírus (Covid-19), cujos casos tiveram um aumento significativo na cidade no mês de janeiro. Os pacientes com outras doenças devem procurar atendimento em UBS’s, AMA’s, UPA’s ou outras unidades de Pronto Socorro.
“Essa política vai na contramão das necessidades dos usuários do nosso território (Capela do Socorro), devido o vazio assistencial e a ausência de um hospital municipal na nossa região”, alegam os representantes do Movimento Popular de Saúde da Capela do Socorro (MPS/CS), que repudiaram a decisão que não teve a devida discussão e participação popular. O MPS entregou um manifesto à direção do Hospital Geral do Grajaú (HGG), que é administrado pelo Hospital Sírio Libanês.
Também foi enviado um ofício ao secretário de Saúde, pelo gabinete do vereador Marcelo Messias (MDB), solicitando a revogação da medida, sob a alegação de que as demais unidades de saúde da região não tem estrutura e nem condições de absorver os cerca de 40 mil atendimentos mensais realizados atualmente pelos hospitais estaduais.
“Depois de quase onze meses de pandemia, já não é mais possível colocar em segundo plano o atendimento para pessoas que não tem a Covid-19 e que estão tendo suas condições clínicas se agravando, como nos casos de câncer, hipertensão, diabetes etc.”, acrescenta o ofício do vereador.
Na manhã da sexta-feira, 29 de janeiro, os manifestantes realizaram ato público no Hospital Geral de Pedreira e no dia 30, o ato de “Não ao Fechamento do Pronto Socorro” aconteceu na entrada de acesso ao PS do HGG.
Foi solicitado aos participantes do ato que tomassem os devidos cuidados sanitários, como distanciamento social, álcool em gel e máscara. “Mas a luta se faz necessária e não podemos permitir que isso aconteça sem que façamos algo”, justificaram as lideranças dos movimentos, que leram manifestos durante os atos e falaram sobre as consequências da medida governamental, aos populares presentes.

 

Colaboração: Adriano Mendes

Comente Aqui