DestaqueLeia TambémÚltimas Notícias

A Casa do Zezinho agora oferece ensino bilíngue

Pensando em promover o ensino bilíngue para transformar vidas e criar novos futuros possíveis, a Casa do Zezinho, Organização Não Governamental (ONG) localizada no Capão Redondo, extremo Sul paulistano, que atende cerca de 1,2 mil crianças e jovens no contraturno escolar, começou a oferecer atividades voltadas a jogos digitais, computação e ensino bilíngue – método que favorece o desenvolvimento de um segundo idioma (geralmente o inglês) e que tem crescido no Brasil.

A Rhyzos, por meio da sua metodologia Twice, promove inclusão e transformação e, com isso, as crianças aprendem de forma espontânea. Além disso, o aprendizado de inglês não se confunde com o da língua materna.

As atividades acontecem para 230 crianças: 120 da Sala Violetas (de 6 a 7 anos) e o restante da Sala Jeans (8 a 10 anos). Cada turma tem aulas bilíngues dois dias por semana. As lições são dadas pela professora Laura Leite Feitoza, que já tinha experiência com ensino bilíngue, mas que pela primeira vez está desenvolvendo esse projeto em uma ONG.

“Muitas crianças ainda não estão totalmente alfabetizadas, por isso trabalhamos a partir do Year One A, com crianças entre 4 e 5 anos, que não exige letramento nem alfabetização completa”, diz a educadora. Para ela, é essencial que um trabalho desse porte alcance um espaço de transformação social, como a Casa do Zezinho. “Ser bilíngue também é se conectar com outras pessoas. Queremos mostrar para essas crianças a conexão que elas têm com o mundo”, afirma.

A diretora-executiva da Casa do Zezinho, Cristhiane Oestreicher, ressalta que a proposta da ONG, de lidar com diferentes potencialidades e oferecer a todos igual oportunidade de desenvolvimento, se encaixa perfeitamente com a metodologia de ensino bilíngue.

“Em vez de medir fluência, o Twice mede proficiência. A fluência tem relação com o nível de inglês que a pessoa está estudando, enquanto proficiência tem a ver com dominar a língua que a pessoa estudou de forma completa. Como proporcionar fluência em um novo idioma a um menino com vários desafios e falta de oportunidades? Não tem como, daí a importância de métodos como o Twice”, explica.

A implementação do Twice na Casa do Zezinho foi possível através do apoio de Maria Cláudia Amaro, filha do fundador da companhia aérea TAM – comandante Rolim Amaro -, e atual CEO do Twice. A previsão é que o ensino bilíngue na Casa do Zezinho dure pelo menos dois anos.

Segundo a ONG, parcerias como essas são indispensáveis para o funcionamento da Casa que, hoje, necessita de pelo menos R$ 10 milhões por ano para rodar a operação, que inclui a manutenção dos espaços, a realização de atividades e o pagamento do salário dos seus oitenta funcionários (70% deles ex-Zezinhos). Um terço do valor é custeado por convênios com a Prefeitura de São Paulo e o restante vem por doação de pessoas físicas e jurídicas.

Comente Aqui