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UBS’s realizam mais de sete mil exames de pé diabético

Em 17 de abril, as Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) realizaram 7.790 avaliações de pé diabético durante a ação “Caminhando com saúde – Cuide dos seus pés”. Em dois anos, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), da Prefeitura de São Paulo, informa que triplicou o número deste tipo de exame: se em 2022 foram realizados 14.025, em 2024, esse número chegou a 41.896 exames, e em 2025, de janeiro a março, foram 11.978, número que cresceu com a iniciativa nas UBS’s.

A ação foi voltada à conscientização sobre a importância que pessoas com diabetes devem ter com os pés. O diabetes é uma doença crônica de alta incidência que acomete crianças, adolescentes, adultos e gestantes. A enfermidade faz com que o corpo humano não produza insulina (hormônio responsável por regular os níveis de glicose no sangue) suficiente ou a quantidade produzida seja insuficiente.

Entre as diversas consequências do diabetes não controlado está a neuropatia diabética periférica, o chamado “pé diabético”, complicação que afeta os nervos das extremidades do corpo, tornando a conscientização uma prioridade da Secretaria, que faz busca ativa com as pessoas monitoradas pelo Programa de Automonitoramento Glicêmico (Pamg).

O pé diabético surge quando a oscilação de glicemia provocada pela doença faz com que a sensibilidade dos pés – principalmente nas plantas – seja reduzida. O resultado desse processo de adormecimento é o aparecimento de machucados que se agravam e podem levar à amputação do membro. Entre outros aspectos, o exame do pé diabético avalia a sensibilidade dos pés, a circulação e outros fatores de risco, como alterações na estrutura óssea. O objetivo é identificar precocemente problemas que possam levar a úlceras, gangrena e amputação.

Entre os 7.790 pacientes avaliados no dia 17, 1.257 tinham alterações de sensibilidade e 453 apresentavam lesões nos pés.

“É essencial que a pessoa com diabetes tenha atenção aos pés, pois podem ter perda de sensibilidade e desenvolver lesões que podem ser agravar, sem que percebam”, orienta o endocrinologista Carlos Guilherme Lyra Pereira, do Hospital do Servidor Público Municipal.

Ele dá algumas orientações, como evitar andar descalço, para estar menos sujeito a cortes, machucados e ferimentos nos pés; usar calçados confortáveis e, no caso de sandálias, é importante que não tenham tiras entre os dedos; hidratar os pés para evitar fissuras; enxugar bem entre os dedos após banho, praia ou piscina; ao cortar as unhas, tomar cuidado para não se machucar, pois caso ocorra, o ferimento pode evoluir e infeccionar; e habituar-se a realizar o autoexame, olhando diariamente dedos, calcanhar, peito e planta dos pés para verificar se há algum ferimento.

 

PREVENÇÃO E TRATAMENTO

Conforme a Secretaria da Saúde, por se tratar de uma doença que não tem cura, o diagnóstico precoce do diabetes é importante e garante a qualidade de vida do paciente. O exame de sangue, realizado pela rede municipal de saúde, é capaz de identificar os níveis glicêmicos de uma pessoa. Caso a análise confirme algum desequilíbrio, o médico pode solicitar novos exames e encaminhar o paciente para acompanhamento, que inclui uma equipe multidisciplinar.

Por meio do Pamg, a SMS informa que nos últimos cinco anos, a rede municipal da capital já ofereceu a mais de 142 mil pacientes diabéticos insulinodependentes insumos como tiras, lancetas e seringas, bem como canetas de aplicação de fácil manuseio.

As unidades da rede municipal de saúde podem ser consultadas por meio da plataforma ‘Busca Saúde’: http://buscasaude.prefeitura.sp.gov.br/ .

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