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Prefeitura está implantando 46,2 km de Faixa Azul

Durante o mês de dezembro, a Prefeitura de São Paulo anuncia que implantará a maior extensão do projeto-piloto Faixa Azul: 46,2 quilômetros serão sinalizados para organizar o espaço compartilhado entre os automóveis e as motocicletas. O trecho vai se somar aos 42,9 quilômetros do programa já executados e com isso, a capital terá 89,1 quilômetros.

No dia 4, serão contemplados os novos trechos das avenidas brigadeiro Faria Lima (9,2 km), Zaki Narchi (3,6 km), Luiz Dumont Villares (5 km) e do Estado (8,2 km). Já no dia 18, será a vez das vias Jacu-Pêssego, Nova Trabalhadores e vice-presidente José de Alencar G. da Silva, que terá 20,2 km. Desde setembro, a gestão municipal informa que ampliou o projeto-piloto em 20,4 quilômetros.

Pesquisa realizada pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) aponta que 96,9% dos motociclistas ouvidos consideram o projeto da Faixa Azul como benéfico para a mobilidade. Já a percepção dos motoristas como um projeto benéfico para a cidade fica em 87,3%.

A primeira via que recebeu o projeto Faixa Azul foi a avenida 23 de Maio, em 25 de janeiro de 2022 (5,5 km) que, após um ano, não acusou nenhum acidente fatal no trecho. A via foi escolhida por ser de grande utilização pelas motocicletas: 2400 motos por hora, chegando a 50 mil ao dia. Por lá, nos anos anteriores à implantação, 78% dos sinistros registrados envolviam motos.

Nove meses depois, em 6 de outubro de 2022, foi implantado mais 17 quilômetros no eixo Bandeirantes – Afonso D’Escragnolle Taunay, sendo 8,5 quilômetros por sentido, por meio da CET, com aval da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran).

Em setembro e outubro de 2023, o trecho aumentou no Corredor Norte-Sul, com 1,8 quilômetro entre as avenidas Prestes Maia e a Tiradentes e mais 2,8 quilômetros, que contemplam as avenidas Santos Dumont, Rubem Berta e Moreira Guimarães, até o viaduto Indianópolis.

Já no dia 6 de novembro, mais 6 quilômetros foram entregues nas avenidas Sumaré e Paulo VI e, mais recentemente, 5,8 quilômetros nas avenidas das Nações Unidas e 4 quilômetros na Miguel Yunes, totalizando 42,9 quilômetros do programa.

 

O PROJETO-PILOTO DA FAIXA AZUL

Atualmente, a frota de motos da cidade de São Paulo é de 1,3 milhão de unidades em circulação. Nos últimos anos, os motociclistas têm sido aqueles que mais morrem no trânsito da cidade.

Para reduzir o número de acidentes graves e óbitos de motociclistas, a CET buscou soluções que pudessem trazer mais segurança, mesmo mantendo o compartilhamento do viário com os veículos, sem segregação de espaços. Partindo de experiências da Malásia, Copenhagen e de cidades australianas, profissionais da companhia construíram um projeto-piloto batizado de Faixa Azul. O objetivo é organizar o espaço viário compartilhado entre os automóveis e as motocicletas, reduzindo conflitos.

A Faixa Azul é baseada em dois preceitos: Visão Zero e Sistemas Seguros. Na Visão Zero, nenhuma morte no trânsito é aceitável. Já um Sistema Seguro é projetado para evitar que os erros dos diferentes usuários do viário possam ocasionar ocorrências graves, que resultem em lesões ou mortes.

Por não estar prevista no Código Nacional de Trânsito (CTB), a nova proposta de sinalização precisou do aval da Senatran para ser implantada de maneira experimental, para assim ser avaliado o seu desempenho pelo órgão federal.

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