Com o intuito de esclarecer a população sobre a real situação da cidade de São Paulo diante da pandemia da Covid-19 e as ações municipais para enfrentá-la, foi realizada na manhã de 2 de junho, a Live Resenha dos Irmãos com o vereador Ricardo Nunes e o padre Ailton Fernandes falando sobre “Políticas Municipais Contra a Covid-19”.
Padre Ailton é o fundador da Fraternidade São João Paulo II, um instituto religioso que forma rapazes e moças para a vida sacerdotal e que também mantém, entre as suas obras assistenciais, a Casa Nossa Senhora de Fátima, que dá acolhida e reabilita jovens viciados.
Iniciando a live, padre Ailton falou de sua preocupação com o clima de ansiedade e com os problemas psicológicos que estão tomando conta das pessoas, em função da falta de informação e da disseminação do pânico entre a população, segundo ele, gerado por grande parte da imprensa. Até em confissões o padre diz ter atendido fiéis que relatam sofrer com algum tipo de distúrbio em razão da pandemia.
Por seu lado, o vereador Ricardo Nunes concordou com o religioso, acrescentando que esta situação tem gerado até o abandono de tratamentos de outras doenças por pacientes receosos de irem a uma unidade de saúde em razão da Covid-19. O vereador defendeu que se fizesse uma quarentena mais racional em que as pessoas pudessem garantir a sua subsistência e trabalho.
Embora considere a situação ainda grave, Ricardo falou que o nível de transmissão da doença, que era de seis para um, passou de um para um, e que o número de óbitos não tem aumentado como dias atrás. Entretanto, ele acredita que esta nova fase da quarentena, a partir do dia 1º de junho e já com a possibilidade de abertura gradual do comércio, irá gerar problemas, como, por exemplo, dos pais que voltarão a trabalhar e não terão as creches e escolas funcionando para deixarem seus filhos.
O vereador explicou que na capital, nada diferente do que já funcionava antes de 1º de junho, passará a funcionar, mas que foi aberto um prazo para que cada setor da economia apresente o seu protocolo de segurança para voltar a abrir – como o uso de máscara, limpeza e higienização do estabelecimento, quantidade máxima de clientes etc. O protocolo será analisado pela Prefeitura e a partir daí os estabelecimentos serão autorizados a funcionar, gradualmente. Segundo o parlamentar, a abertura do comércio está estreitamente ligada à taxa de ocupação dos leitos de UTI da cidade.
Situação do atendimento
Questionado por sua atuação mais focada nas regiões de Parelheiros e Grajaú do que em outras da zona Sul, Ricardo Nunes se justificou pelo fato das duas regiões estarem entre as mais carentes e com mais baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da cidade de São Paulo.
“O Hospital Municipal de Parelheiros (“Josanias Castanha Braga”) foi aparelhado pelo prefeito Bruno Covas, atendendo a uma nossa solicitação, para atender os casos de coronavírus na região, e o hospital tem sido elogiado por este trabalho, embora sempre existam algumas reclamações. Outras boas notícias é que a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Parelheiros teve suas obras retomadas, já que estavam paradas desde 2016, e que também o distrito de Grajaú deverá contar com uma UPA”, revelou o vereador.
Informou ainda que o Hospital Municipal Santa Catarina, através da UPA local, também está atendendo casos da Covid-19, assim como a Santa Casa de Santo Amaro, para a qual o vereador e o deputado federal Baleia Rossi conseguiram destinar recursos federais de R$ 600 mil, e também o Hospital Geral de Pedreira e o Hospital da Unisa, que teve setenta leitos inaugurados recentemente, estão atendendo casos do coronavírus.
Indagado pelo padre Ailton, Ricardo confirmou que as missas podem ser celebradas com público, desde que atendam as regulamentações municipais, como utilização de 30% da capacidade total, uso de máscara, de álcool em gel pelos fiéis, manter distanciamento e higienização do templo, entre outras.
Em outra pergunta do público sobre a existência de fiscalização e controle sobre os gastos do governo municipal com a saúde, Ricardo falou de sua emenda ao projeto de autorização para gastos emergenciais destinados à saúde municipal, que obriga a Prefeitura a informar em seu site de transparência, no prazo de 24 horas, todos os dados do gasto e o motivo da despesa feita por ela.
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