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Alerta sobre os riscos causados pelos cigarros eletrônicos

Embora muitas pessoas considerem os cigarros eletrônicos como uma “alternativa mais segura” em relação aos tradicionais, profissionais de saúde da capital paulista alertam que este consumo também oferece riscos significativos ao desenvolvimento de doenças.

Para apoiar pessoas interessadas em deixar este vício, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) oferece tratamento por meio do Programa Nacional de Controle do Tabaco nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) da cidade de São Paulo. As unidades estão preparadas para acolher e prestar o suporte necessário aos tabagistas, em primeiro lugar mobilizando o indivíduo para que pondere a possibilidade de deixar de fumar, além de oferecerem atividades de combate ao fumo.

O tratamento na rede municipal tem duração de três meses e um ano de acompanhamento. O tabagista tem acesso à avaliação clínica, reuniões em grupo e, por meio da Técnica Cognitiva Comportamental (TCC), passa a refletir o motivo que o leva a fumar e como esse hábito afeta sua saúde. Também recebe informação sobre os riscos deste vício, os benefícios de parar de fumar e definir a melhor forma de mudar esta rotina.

Este acompanhamento nas unidades fornece ainda orientações para que o fumante possa lidar com a síndrome de abstinência, com a dependência psicológica e os condicionamentos associados ao hábito de fumar, utilizando técnicas de relaxamento e autocontrole a dependência ao tabaco e o que leva a fumar, além de apoio medicamentoso, se necessário.

Os fumantes que poderão se beneficiar da utilização do apoio medicamentoso são aqueles que, além de participarem do tratamento intensivo em grupos, apresentam um grau elevado de dependência à nicotina, diagnosticados por meio de testes na entrevista inicial. Os medicamentos prescritos, após avaliação médica e se necessário, são terapia de reposição de nicotina, adesivo transdérmico, goma de mascar e cloridrato de bupropiona. O foco do tratamento é a abstinência, o cessar o fumo. A medicação é uma das escolhas como apoio aos casos mais complexos, para os que estão vinculados a um grupo.

“Ao tomar a decisão de parar de fumar, é fundamental não se deixar enganar pelas aparências. O cigarro convencional revela seus malefícios de maneira mais evidente, o eletrônico, muitas vezes, se disfarça como algo recreativo, prazeroso e inofensivo”, explica Liamar Ferreira, psiquiatra e coordenadora municipal do Programa de Controle do Tabagismo.

Liamar esclarece que embora os cigarros eletrônicos tenham surgido com a proposta de serem menos prejudiciais e até mesmo auxiliarem no tratamento contra o tabagismo, na prática, eles apresentam riscos comparáveis (ou até maiores) aos cigarros convencionais e não possuem eficácia comprovada na cessação do tabagismo.

Quem quiser deixar de fumar deve se dirigir a uma UBS e será encaminhado a uma unidade de referência para o Programa de Tratamento de Combate ao Tabagismo. A localização de todas as unidades está disponível na plataforma Busca Saúde: http://buscasaude.prefeitura.sp.gov.br/ .

 

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