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Empresa portuguesa Mota-Engil vai construir o túnel Santos-Guarujá

Em 5 de setembro, a empresa Mota-Engil Latam Portugal foi a vencedora do leilão para construir o túnel imerso Santos-Guarujá. A obra, que é uma iniciativa do governo federal, por meio da Autoridade Portuária de Santos (APS), em parceria com o governo do Estado de São Paulo, está orçada em R$ 6,8 bilhões.

No leilão, realizado na sede da B3, em São Paulo, a Mota-Engil venceu a disputa propondo desconto de 0,5% sobre a contraprestação que será paga pelo poder público durante a concessão. A outra participante do leilão era a espanhola Acciona Concesiones, que acabou derrotada.

O presidente da APS, Anderson Pomini, acompanhou a sessão juntamente com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Já pensado desde o início do século XX, o projeto de ligação seca entre as duas margens do Porto de Santos foi elaborado há 15 anos, durante a gestão do então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. O projeto recebeu a primeira licença ambiental, o que permitiu a celeridade da atual retomada do processo.

A concessão será na modalidade Parceria Público-Privada (PPP). A Mota-Engil terá a concessão por 30 anos, havendo o retorno do ativo à União/APS após esse prazo. O aporte financeiro da APS viabilizará a obra de natureza infraviária.

Criada em 1946, a empresa portuguesa opera em 21 países e três continentes. Em 2012, comprou metade da Empresa Construtora Brasileira (ECB), e neste ano adquiriu a totalidade das ações da empresa, que passou a se chamar Mota-Engil Brasil.

Benefícios do túnel

De acordo com a APS, além de beneficiar o Porto de Santos e as cidades de Santos e Guarujá, o túnel permitirá maior integração entre os nove municípios da Região Metropolitana da Baixada Santista, devendo beneficiar cerca de 2 milhões de pessoas/dia.

Diretamente, hoje, são cerca de 80 mil pessoas que cruzam diariamente o canal. A travessia de balsas é considerada a mais movimentada do mundo (27 mil veículos/dia). Os veículos de carga, que precisam rodar mais de 40 quilômetros para fazer o percurso, terão o deslocamento reduzido de 40 minutos para pouco mais de um minuto.

Já para o meio ambiente, a APS informa que a implantação desta ligação resultará na redução de 70 mil toneladas de CO₂/ano, ao encurtar o percurso de 45 quilômetros (5 mil caminhões/dia) para apenas 960 metros.

Por fim, o Porto de Santos também ganha em competitividade, com o aumento da segurança da navegação, que não terá mais o cruzamento dos cargueiros com as balsas de ligação urbana. A expansão das operações portuárias será beneficiada, com acréscimo de áreas na margem esquerda.

 

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