DestaqueLeia TambémÚltimas Notícias

UBS’s podem ajudar o cidadão a parar de fumar

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), da Prefeitura de São Paulo, destaca a estratégia de apoio a tabagistas e de prevenção a doenças e mortes evitáveis relacionadas ao cigarro, envolvendo as equipes Multi das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s).

Em 2021, foram 4.174 atendimentos e o número aumentou em 2024 para 62.635. Já em 2025, até o momento, foram 35.660 participações.

A aposentada Magaly Esteves, 67, a instrumentadora cirúrgica Maria Aparecida da Cruz Menge, 69, e a costureira Yara Gomes Lagrota, 77, moradoras da zona Norte de São Paulo, têm histórias de vida bem diferentes, porém compartilham um ponto em suas trajetórias: todas foram fumantes por mais de 50 anos e largaram o cigarro ao frequentar o grupo do programa de controle de tabagismo da UBS Horto Florestal.

“Quando eu era adolescente todo mundo fumava: nos filmes, nas novelas; a gente achava bonito, chique, naquela época”, conta Magaly, que experimentou o primeiro cigarro aos 14 anos. Depois, ao longo de 53 anos, Magaly fez algumas tentativas de parar de fumar, sem sucesso.

A aposentada conta que foi uma amiga de infância, Maria Isabel, também fumante desde a adolescência e vizinha de bairro, que lhe falou do programa. “Fiquei animada quando soube que ela tinha conseguido parar e fui com ela falar com as meninas da UBS”, relata Magaly.

As “meninas da UBS” são as farmacêuticas Karen Navarro e Rosana Tiemi, que conduzem o programa de controle de tabagismo na unidade. Karen diz que, dos pacientes que seguem corretamente o programa até o fim, o que inclui encontros semanais ao longo do primeiro mês, seguidos de encontros quinzenais no segundo mês e depois encontros mensais até completar um ano, 90% conseguem deixar para trás o tabagismo.

Para chegar a esse resultado, juntamente com a dinâmica do programa, baseada em um modelo de terapia realizada em grupo e centrada na mudança de crenças e comportamentos, a UBS investe em práticas integrativas e complementares (Pics) como auriculoterapia e meditação, que auxiliam em aspectos como a ansiedade.

Para manter a conquista da possibilidade de uma vida mais saudável e longeva, Magaly, Yara e Cida recorrem a expedientes como evitar ficar perto de fumantes, nunca ter cigarros por perto e investir em atividades físicas. Magaly, por exemplo, hoje é assídua nas atividades oferecidas pela UBS, como os grupos de caminhada, pilates e xiang gong. Sempre junto com a inseparável amiga Maria Isabel, sua grande incentivadora na superação do tabagismo.

ESPAÇO DE TROCA E ESCUTA

“A auriculoterapia e a meditação são oferecidas a todos a partir do segundo encontro, e estas técnicas tem sido muito importantes para chegarmos aos resultados mais rápido”, enfatiza a farmacêutica Karen. Segundo ela, os medicamentos e adesivos são apresentados como opção apenas a pacientes com muita dificuldade para superar a abstinência do cigarro. “A maioria consegue parar sem recorrer a medicamentos”, diz a profissional.

Na unidade, como em todas as outras que oferecem o programa de controle de tabagismo (97% das 479 UBS’s da capital), o boca-a-boca é um dos recursos para levar membros aos novos grupos.

O tabagismo é o principal fator de risco modificável para as doenças do sistema cardiovascular e para vários tipos de câncer, em especial o de pulmão. A SMS integra o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), como estratégia de apoio a tabagistas e de prevenção a doenças e mortes evitáveis relacionadas ao cigarro.

Para participar do programa, a população pode encontrar a unidade mais próxima por meio da plataforma Busca Saúde: https://buscasaude.prefeitura.sp.gov.br/ .

Comente Aqui