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Programa municipal já capacitou mais de 1,1 mil pessoas no ramo da costura

No dia 25 de maio é celebrado o Dia da Costureira, profissão inserida no setor têxtil que, segundo a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), emprega mais de um milhão de pessoas no Brasil.

Na capital paulista, a administração municipal desenvolve qualificação profissional na área de corte e costura junto aos beneficiários do Programa Operação Trabalho (POT). Em 2024, mais de 1,1 mil pessoas em vulnerabilidade social receberam capacitação pelos Centros POT, em cursos na área.

Os espaços são equipados com máquinas de costura e material, que permitem o contato com os primeiros passos da profissão e os participantes têm a oportunidade de desenvolverem peças para vestuário e acessórios.

Com aulas semanais e frentes de trabalho, os beneficiários do POT são incentivados a ampliar a qualificação profissional a fim de concluírem a passagem pelo programa com leque de opções para buscar a empregabilidade, no mercado formal, ou gerar renda pelo empreendedorismo.

É o que já está no horizonte da beneficiária Alessandra Santana, que integra o POT Zeladoria de Praças, projeto desenvolvido em áreas públicas de São Paulo. As atividades de corte e costura despertaram nela uma antiga paixão.

“Gosto de costura desde meus nove anos. Minha mãe me deu um vestido com babados, quando eu era pequena, e eu não gostei. Uma costureira da minha rua, transformou aquele vestido e eu achei lindo. A partir dali comecei a fazer roupas para minhas bonecas com retalhos, mesmo sem ter noção nenhuma. Só achava lindo ver a transformação de um pano em uma peça”, relembra.

Natural de Salvador, a beneficiária conta que sempre teve vontade de aprender, mas não conseguia conciliar o desejo com a rotina. Atualmente, Alessandra já está entregando encomendas e reencontrou, na costura, seu propósito.

Segundo Rodrigo Goulart, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, o POT tem também o propósito de ajudar os participantes a descobrir novos caminhos no mercado de trabalho. “Não é apenas a geração de renda que o beneficiário conquista durante sua permanência, mas a mudança de postura com as ferramentas que são oferecidas ao longo da jornada. Por isso, contamos com uma equipe multiprofissional para prepará-los, mostrando que há diversas possibilidades de gerar renda”, explica Rodrigo.

SOBRE O POT

O POT é um programa que auxilia pessoas em vulnerabilidade social a serem inseridas no mercado de trabalho. Ele oferece cursos de capacitações para que os beneficiários possam obter fontes de renda. Atualmente, são 14,9 mil beneficiários, distribuídos em 16 projetos, que contam com uma bolsa que varia entre R$ 1.593,90 – 30 horas semanais, 6 horas por dia, ou R$ 1.062,54 – 20 horas semanais, 4 horas diárias.

Entre as ocupações em frentes de trabalho estão zeladoria, manutenção e apoio administrativo, ações de busca ativa na rede municipal de ensino e outras.

Para participar é necessário seguir critérios como ter mais de 18 anos, morar na cidade de São Paulo, estar desempregado há mais de quatro meses e não receber benefícios como seguro-desemprego, FGTS e outros. A renda familiar permitida é de até meio salário-mínimo por pessoa da família.

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