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Prefeitura anuncia mais áreas verdes com bosques urbanos e jardins de chuva

Em 4 de junho, o prefeito Ricardo Nunes anunciou a implantação de mais vinte bosques urbanos e cem jardins de chuva, iniciativas estas para tornar a cidade mais verde e sustentável.

Também foi feito o plantio de cem árvores e dois transplantes no Bosque Maritacas, no Parque D. Pedro, no Centro da cidade, além da inauguração da trilha ecológica no local. Até 2028, a cidade terá cinquenta bosques urbanos e mil jardins de chuva, conforme anúncio.

Na ocasião, o prefeito lembrou as ações da Prefeitura na Semana do Meio Ambiente. “Já temos dez bosques urbanos implantados, estamos hoje iniciando a implantação de mais vinte e teremos cinquenta bosques urbanos neste mandato. Além das outras ações, como 120 mil árvores que serão plantadas este ano, a substituição dos ônibus a diesel por ônibus não poluentes, as ações feitas de ampliação de área de cobertura vegetal, de ampliação de áreas de mata pública e com isso chegaremos em 26% de todo o território da cidade, sendo que hoje já temos 15%”, disse Nunes, lembrando que o Dia Internacional do Meio Ambiente é comemorado em 5 de junho.

O prefeito acompanhou também o transplante de duas árvores adultas, pitangueira e chal-chal, retiradas da área onde está sendo construído o reservatório da Mooca, na zona Leste. “Essa é uma árvore que seria cortada numa obra nossa na Mooca, onde estamos fazendo o piscinão para conter as enchentes. A Prefeitura está usando essa metodologia de transplantar, ou seja, tirar a árvore com toda a tecnologia e trazer essa árvore para cá. Assim vamos evitar muitos cortes e continuar plantando árvores”, explicou.

Primeiro bosque urbano da cidade, o Bosque das Maritacas foi inaugurado em 2019, tem 3,6 mil metros quadrados e já recebeu 21 árvores transplantadas do Anhangabaú, como as das espécies jerivás, pau-brasil e jabuticabeira.  “Até 2028, vamos fazer quarenta novos bosques, uma estratégia de São Paulo para lidar com as mudanças climáticas”, destacou o secretário municipal de Subprefeituras, Fabricio Cobra.

Os bosques urbanos são fechados para visitação, mas no caso do Maritacas, pode receber visitas com uma função educacional. “Em alguns desses bosques urbanos estamos colocando trilhas para as crianças da rede municipal de educação poderem fazer suas atividades, interagir com o meio ambiente, plantar árvores, como está acontecendo aqui hoje com crianças de algumas escolas”, explicou o prefeito.

Segundo a Prefeitura, os bosques urbanos são áreas públicas transformadas em pequenas florestas para ampliar a permeabilidade do solo, reconstituir habitats naturais, recuperar ecossistemas, aumentar a cobertura vegetal, preservar a flora e fauna da cidade, além de promover a melhoria da qualidade de vida da população.

Eles funcionam como “pulmões” da cidade, contribuindo para a diminuição da poluição do ar ao transformar parte do gás carbônico (CO2) em oxigênio. O CO2 é um dos responsáveis pelo aquecimento global. A cada sete árvores é possível sequestrar uma tonelada de carbono nos seus primeiros 20 anos de idade. Entre os exemplares arbóreos escolhidos estão ipês, guajuvira, guanandi e mirindiba rosa.

 

OS BOSQUES E OS JARDINS DE CHUVA

A Prefeitura informa que os terrenos para os novos bosques já foram selecionados e parte está em processo de licitação. O investimento estimado é de R$ 10,2 milhões e ocuparão uma área total de aproximadamente 56 mil metros quadrados, com o plantio de 3.839 árvores.

Essas áreas verdes serão implantadas em regiões como as das pontes do Limão, Jânio Quadros, Casa Verde e Vila Guilherme, todas ao longo da Marginal Tietê, em continuidade ao Corredor Verde da cidade.

São destaques o Bosque Anu, na ponte Jânio Quadros, com área de quase 9 mil metros quadrados e investimento de R$ 1,13 milhão, e o Bosque Ema, na ponte Casa Verde, com 7 mil metros quadrados e 350 árvores previstas. Endereços com histórico de descarte irregular de lixo também serão convertidos em espaços de reflorestamento urbano.

Entre as espécies de árvores nativas que serão plantadas estão o guanandi, ipê verde, pau viola, uvaia, pitangueira, jacarandá de Minas, carobinha, falso barbatimão, ingá-feijão e manacá da serra.

Enquanto os bosques ampliam a cobertura arbórea da cidade, os jardins de chuva ajudam a reduzir alagamentos por meio de soluções de drenagem sustentável. Com investimento de R$ 2,3 milhões, os cem novos jardins serão distribuídos em regiões com histórico de alagamentos, como nas das subprefeituras da Sé, que receberá 42 unidades; Mooca, com 21; Santana, com 11; e Freguesia do Ó, com 10. As demais unidades estarão localizadas em Santo Amaro, no Butantã, Ipiranga, Lapa, Pinheiros, Penha e Vila Maria.

A Prefeitura explica que os jardins de chuva funcionam como filtros naturais, permitindo que parte da água da chuva infiltre no solo, diminuindo a carga sobre o sistema de drenagem urbana.

Com essas novas unidades, a cidade se aproxima da meta de mil jardins até 2028. Atualmente, já são 420 jardins de chuva, que incluem outras intervenções como poços de infiltração, biovaletas e vagas verdes. Em 2017, São Paulo contava com apenas 23 jardins de chuva.

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