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ONG aponta que 90% dos semáforos não atendem a crianças e pessoas com deficiência

Em matéria divulgada no “Estadão” durante o Maio Amarelo, a Prefeitura de São Paulo afirmou que os semáforos com tempo crítico estavam com defeito e que foram corrigidos.

Entre 26 e 29 de maio, a ONG (Organização Não Governamental) Corrida Amiga informa ter mobilizado a população paulistana para verificar 25 travessias problemáticas levantadas pela campanha da ONG de 2024 que, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), passaram por manutenção.

Os principais alertas que a entidade traz sobre a questão é de que 44% dos semáforos ainda oferecem somente 4 a 5 segundos de tempo verde;

Os tempos médios de espera melhoraram, mas mais da metade das travessias exige que o pedestre tenha paciência e espere mais de 90 segundos, sendo que uma delas ultrapassou 3 minutos;

Das travessias, 80% não atendem pessoas idosas;

Também, 90% dos semáforos não atendem a crianças e pessoas com deficiência;

Há travessias com condição gravíssima, exigindo que as pessoas caminhem três vezes mais rápido do que o recomendado para crianças ou pessoas idosas.

Silvia Stuchi, diretora fundadora da ONG Corrida Amiga, afirma que a readequação semafórica anunciada pela CET é insatisfatória.

“Mantém a lógica da regulação semafórica que privilegia a fluidez dos veículos, em detrimento do deslocamento a pé. Crianças, idosos e pessoas com deficiência seguem desassistidas em quase 90% das travessias analisadas. É vital que essa pauta continue ganhando visibilidade, com a urgência e a importância que exige, pois estamos falando, acima de tudo, da priorização das vidas”.

Entre as principais demandas levadas pela ONG, a diretora destaca a necessidade urgente de revisar os tempos de travessia de pedestres no Manual Brasileiro de Sinalização Semafórica, “de modo a garantir maior segurança e adequação às necessidades de quem se desloca a pé”.

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