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HISTORIAS DE SERENATA: “Da caverna à serenata, a arte que nos ensina a existir”

Desde que o primeiro ser humano riscou uma parede de caverna com carvão, o artista se tornou guardião da alma coletiva. Muito antes da escrita, ele já narrava histórias com gestos, sons e imagens, traduzindo o invisível para que todos pudessem compreender.

Nas tribos ancestrais, era o xamã que cantava para curar, o dançarino que encenava a vida e a morte, o escultor que moldava símbolos para proteger sua gente.

Na Antiguidade, o artista construiu templos e estátuas que não eram apenas belas, mas também portadoras de poder espiritual e político. Pintores, poetas e músicos eternizaram amores, vitórias e tragédias, criando pontes entre o humano e o divino.

Na Idade Média, ele transformou a fé em vitrais e cânticos, iluminando tanto igrejas quanto corações. Já no Renascimento, expandiu os limites da percepção, unindo ciência e arte para revelar que o homem também podia ser centro e medida do universo.

Cada época deu ao artista novas ferramentas, mas a essência permaneceu: provocar, sensibilizar e manter viva a memória do que somos. Ele é testemunha e também profeta; recolhe dores e alegrias, rearranja-as e devolve ao mundo um reflexo mais profundo, mais belo ou mais inquietante da própria realidade.

Hoje, na era da hiperconexão, o artista continua indispensável. Entre o ruído constante das informações, é sua obra que nos obriga a parar, respirar e sentir. Ele é capaz de nos arrancar do automático e nos devolver a nós mesmos. No palco, nas telas, nas ruas ou mesmo à janela de alguém, a arte é o fio invisível que sustenta a sensibilidade humana.

E há expressões que atravessam os séculos quase intactas, como a serenata. Mais que uma simples música sob a lua, ela é um ritual de entrega, um gesto que combina presença, afeto e poesia. Em tempos em que mensagens são digitadas e esquecidas em segundos, a serenata é um ato de resistência: ela exige tempo, emoção e a coragem de se expor para tocar o outro. É a prova viva de que a arte não envelhece quando carregada de verdade.

Neste 24 de agosto, Dia do Artista, celebramos todos aqueles que ousam criar em qualquer época e lugar. Porque, sem arte, a humanidade teria apenas sobrevivido. Com arte, aprendemos a existir com significado, e a lembrar que sentir também é um ato de coragem.

Por:  Fredi Jon
(Conheça nossa arte pelo site serenataecia.com.br / 11 99821-5788)

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