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HISTORIAS DE SERENATA: “A Serenata que Tocou o Tempo”

O grupo Serenata & Cia. proporciona com sua arte, em um estilo musical que atravessa gerações e modernismos, belas homenagens e momentos marcantes, como este.

Era um dia especial, o Dia dos Professores, e Fredi Jon estava prestes a realizar uma das apresentações mais significativas de sua vida.

Ao se aproximar da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Antônio Bento, seu coração pulsava com uma mistura de nostalgia e emoção. Quase três décadas haviam se passado desde que ele deixara aquele lugar, em 1973, com um pequeno prezinho. Agora, em 2005, ele voltava, transformado em um seresteiro, pronto para tocar o coração de todos com sua música.

Ao cruzar o portão, Fredi sentiu uma onda de memórias invadindo sua mente. O pátio que um dia foi seu playground agora exibia novas estruturas e cores vibrantes, mas o riso infantil ainda ecoava em sua alma. Cada canto da escola trazia à tona lembranças: as aulas de arte, as brincadeiras no recreio e as histórias contadas pelos professores, que moldaram sua vida de maneiras que ele apenas começava a compreender.

Fredi se preparou para a serenata, sua voz e seu violão prontos para contar histórias de amor, amizade e gratidão. Ao começar a tocar uma canção que falava de esperança e sonhos, os professores, reunidos em uma grande sala, pararam e olharam, fascinados. Era como se as notas musicais dançassem no ar, despertando emoções que os uniam naquele momento.

Entre a plateia, a professora Márcia, uma antiga colega de colégio, estava presente. Quando ouviu a voz familiar, seu coração disparou. “Fredi?”, ela murmurou, com lágrimas de alegria nos olhos. Ao se encontrarem novamente, a conexão que compartilharam na adolescência parecia ter resistido ao tempo. Com um abraço apertado, ela exclamou: “Você voltou!”.

Com a serenata em pleno andamento, Fredi e Márcia relembraram momentos engraçados e marcantes da época do colégio. Para Fredi, a escola não era apenas um lugar; era um lar, um abrigo onde os sonhos floresciam.

Enquanto a música ecoava pelo colégio, os alunos se uniram, formando um coro improvisado, enchendo o ambiente com a alegria da juventude. Fredi sentiu que estava não apenas homenageando os professores, mas também celebrando a vida, a amizade e as raízes que moldaram seu caminho.

No clímax da apresentação, ele cantou uma canção sobre seguir os sonhos e nunca esquecer de onde você veio. Cada nota parecia trazer à tona o amor e a gratidão por todos aqueles que o ajudaram a se tornar quem era. Márcia, emocionada, não pôde conter as lágrimas. “Você sempre foi um sonhador, Fredi. E agora, seu sonho é uma realidade!”.

Enquanto cantava, Fredi sentia as memórias o inundarem. Ele lembrou de cada aula, do cheiro das tintas durante as aulas de arte, do som das vozes infantis que preenchiam os corredores. Naquele momento, percebeu que o que mais o marcava não era apenas estar de volta ao local físico, mas a lembrança viva de tudo que aquele lugar representava.

O som de sua serenata era mais que uma melodia; era um tributo ao tempo, à inocência e ao ciclo que nunca se encerra. Cada acorde carregava consigo o cheiro da merenda, o riso das crianças e o amor dos professores que tanto o inspiraram. Ao terminar sua apresentação, Fredi sentiu que não apenas havia tocado uma canção, mas havia tocado o tempo, conectando o passado com o presente.

Ao deixar a escola, ele olhou uma última vez para o pátio, agora vazio, mas em seu coração, cheio de vida. E naquele instante, ele soube que, independentemente das transformações ao seu redor, o menino que um dia pisou ali com pés pequenos jamais deixaria aquele lugar.

A Emei Antônio Bento seria sempre seu lar, um lugar onde os ecos do passado sempre o acompanhariam, ressoando na melodia da vida.

Texto: Fredi Jon

(Confira mais historias no site www.serenataecia.com.br e pelo Youtube no MINUTO SERENATA)

 

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