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Em evento inédito, restos mortais de José Carlos Pace são sepultados em Interlagos

Os restos mortais do piloto brasileiro José Carlos Pace, o “Moco”, falecido em 18 de março de 1977 em um acidente aéreo no auge de sua carreira, foram transladados na manhã desta sexta-feira, 23 de agosto, para o Autódromo de Interlagos, a pista que tanto amava e que leva seu nome.

Não existe nenhum registro na historia de um piloto, ainda mais de Fórmula 1, que esteja sepultado em um autódromo e, muito menos, em uma pista que leve seu próprio nome. A honra coube a José Carlos Pace, que no próximo dia 6 de outubro completaria 80 anos e, em 26 de janeiro de 2025, terá celebrados os 50 anos de sua vitória no GP do Brasil de Fórmula 1.

A ideia desta homenagem partiu e foi organizada pelo piloto e diretor da CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo), Paulo “Loco” Figueiredo, e pelo jornalista Ricardo Caruso, diretor do site Auto&Técnica, que foram informados da depredação do túmulo e vilipêndio dos restos mortais de “Moco” no cemitério do Araçá, situado na zona Oeste paulistana.

Constatada a triste situação, ambos iniciaram uma longa luta contra a burocracia, que incluiu reuniões com autoridades municipais, pelo menos 15 idas ao cemitério, buscas em cartórios, coleta de documentos e autorizações diversas. Tudo com apoio e ajuda da família Pace.

Finalmente, neste 23 de agosto, Pace voltou a Interlagos, onde foi sepultado e finalmente descansará em paz junto ao busto que existe no local em sua homenagem.

O evento contou com a presença da família, amigos, ex-pilotos e admiradores de “Moco”. Entre estes, Lilian Alvim, representando a Associação Empresarial da Região Sul (Aesul), o vereador Rodrigo Goulart e seu pai, o ex-parlamentar Antonio Goulart.

Após uma breve cerimônia, que incluiu um ato religioso, foi realizada uma última volta pela pista em que Rodrigo Pace, filho de José Carlos, pilotou um Karmann-Ghia de pista que foi de seu pai e trajando o macacão e capacete originais do falecido piloto.

Esta devolução de respeito a José Carlos Pace contou com a dedicação de Paulo “Loco” Figueiredo e de Ricardo Caruso, e ainda com a ajuda inestimável da família Pace; de Giovanni Guerra, presidente da CBA; de Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo; e de Marcelo Pinto, administrador do autódromo, entre outros.

Fonte:  Auto&Técnica

 

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