A Prefeitura de São Paulo criou uma ferramenta digital que possibilita aos profissionais da rede municipal de saúde acessar, de forma instantânea, os dados dos pacientes tanto em consultas presenciais como em teleconsultas.
Por meio dessa ferramenta, chamada de visualizador clínico, o médico tem praticamente todo o histórico de um paciente que se utilizou da rede municipal de saúde: exames efetuados, por quais unidades ele já passou e tratamento que foi prescrito em cada situação, entre outros.
A ferramenta foi desenvolvida pelo Departamento de Tecnologia da Informação e Comunicação (Dtic), da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), e coloca a cidade de São Paulo como pioneira ao oferecer esse serviço na área pública. O visualizador clínico funciona a partir do acesso aos prontuários eletrônicos dos pacientes, possibilitando que os dados dos 9 milhões de usuários do SUS em São Paulo, coletados nos equipamentos da rede municipal, possam ser acessados on-line de forma instantânea.
Os prontuários eletrônicos foram implantados a partir de julho de 2020. Hoje, estão disponíveis em cem por cento das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s). Além das 479 UBS’s, as 34 Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) e os hospitais municipais também utilizam esses documentos. Em breve, os dados estarão disponíveis também nos equipamentos da Atenção Especializada, conforme informação da SMS.
No prontuário eletrônico constam informações ligadas ao processo de assistência ao paciente, entre elas classificação de risco ou acolhimento, queixa/problema, anamnese (entrevista que o profissional de saúde faz ao paciente) e exames físicos, assim como procedimentos realizados, medicações administradas e prescritas, encaminhamentos e solicitações de exames, entre outros dados.
Na prática, o visualizador clínico é um sistema conectado aos diferentes sistemas de informação em uso na SMS, concentrando as informações coletadas por todos os estabelecimentos de saúde em uma única ferramenta à disposição dos médicos.
Segundo o diretor do Dtic, Felipe Soares Neves, as ferramentas tecnológicas têm impacto positivo em acesso e qualidade tanto para os profissionais quanto para a população que utiliza a rede municipal de saúde.
“O visualizador clínico é uma ferramenta que auxilia o médico a obter informações do paciente não só para definição de tratamento, mas também para a visualização da jornada do usuário na rede municipal de saúde, incluindo os hospitais municipais. Ao mesmo tempo, ajuda na investigação epidemiológica e na identificação de quais serviços o paciente está esperando”, explica Jonatas Lima de Bem, supervisor médico de Atenção Primária do Jardim Ângela e Capão Redondo, localizados na zona Sul paulistana.
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