Em um mundo dominado por grandes varejistas e plataformas digitais, é essencial voltarmos nossa atenção para o que está mais próximo: nosso bairro, nossa comunidade. O ‘marketing do pedaço’ vai além de uma estratégia de negócios, é um movimento de fortalecimento social e econômico.
Priorizar os serviços e produtos da região é uma escolha de impacto direto. O açougue da esquina, a padaria artesanal, o mercadinho local, esses estabelecimentos sustentam o dia a dia do bairro e mantêm sua identidade viva.
A primeira vantagem é a conveniência: Resolver necessidades a poucos passos de casa economiza tempo e reduz o impacto ambiental. Além disso, há o valor das conexões humanas. O comerciante local conhece seu cliente, oferece um atendimento mais próximo e cria uma relação de confiança rara nas grandes redes.
Economicamente, o marketing do pedaço gera um efeito multiplicador, ou seja, o dinheiro circula mais vezes dentro do próprio bairro. O comerciante contrata funcionários da região, compra insumos locais sempre que possível e também consome no entorno. Assim, a riqueza gerada beneficia diretamente a comunidade, em vez de ser drenada por sedes distantes.
Isso não significa abandonar os grandes centros ou o comércio online, mas sim adotar uma postura consciente. Antes de recorrer a soluções externas, vale buscar o que precisamos dentro do bairro. Dar preferência ao vizinho é uma atitude de responsabilidade cívica e apoio mútuo.
Fortalecer o comércio local é investir em segurança, vitalidade e qualidade de vida. E uma forma eficaz de ampliar essa prática é participar de grupos de networking regionais, onde moradores e empreendedores trocam informações e criam oportunidades que beneficiam a todos.
Ao adotar essa mentalidade, deixamos de apenas morar no bairro — passamos a vivê-lo de verdade.
Lucas Vinicius Salomé
(Advogado trabalhista, sócio no Raposo Soares e Salomé Advogados. Presidente do BNI Sigma, grupo de networking que se reúne em Moema)
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