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Sintomas da Covid aumentam nos pacientes abaixo de 50 anos

De acordo com o levantamento da ABORL – CCF (Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial), de janeiro a abril, aumentou em 260% o número de pacientes entre 30 a 50 anos com Covid-19 que apresentaram sintomas, enquanto nos pacientes entre 20 e 30 anos, o crescimento atingiu 150%. O dado foi apresentado durante audiência pública no Senado, em 21 de maio.

Cerca de 80% das pessoas acometidas pelo coronavírus que se curaram, apresentaram sequelas da doença otorrinolaringológicas, como perda de olfato (55%), vertigem (47%), zumbido (27%) e perda de audição (15%).

As sequelas da Covid-19 na população ocasiona não apenas questões sociais, mas também econômicas. “Um indivíduo acometido pela perda auditiva, por exemplo, poderá ser afastado do trabalho ou aposentado por invalidez. A ABORL – CCF avalia o aumento do número de pacientes com sequelas, o crescimento de casos de problemas trabalhistas e posterior aumento do ingresso de pacientes com estes problemas na área previdenciária”, diz o prof. dr. Eduardo Baptistella, presidente da ABORL – CCF.

Embora muitas vezes as crianças não tenham lesões mais graves, a perda do olfato é comum. “Como elas perdem o apetite e vontade de comer, isto pode levar à desnutrição infantil  e alteração do crescimento. E, em muitos casos, quando o sabor volta, está diferente. Aí precisamos dar início a um tratamento específico de terapia olfatória”, informa o especialista, acrescentando que é importante que o paciente – seja criança ou adulto – com perda olfatória pós-Covid procure um médico (de preferência um otorrinolaringologista).

“Essa alta do número de pacientes Covid-19 com sintomas é extremamente relevante. Mesmo sem comorbidades, jovens e adultos contaminados podem evoluir para um estágio mais grave da doença”, analisa dr. Baptistella.

Como sugestão ao Senado, a ser considerado pelo Ministério da Saúde, a ABORL – CCF se disponibilizou para a criação de protocolos para tratamento e reabilitação dos pacientes, que podem ser utilizados tanto no sistema privado quanto no SUS, capacitando os profissionais que atendem na linha de frente, como clínicos gerais, a ajudar no tratamento de sequelas.

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