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Responsáveis pelo lar são os mais afetados pelo desemprego

De acordo com estudo da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados Estatísticos), a intensa redução da ocupação na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) resultou em forte aumento do contingente desempregado, que cresceu de 1,4 milhão para 1,9 milhão de pessoas, entre o final de 2019 e 2020.

Outra mudança expressiva foi o aumento da inatividade, fazendo com que a parcela de inativos crescesse de 2,9 milhões de pessoas para 3,8 milhões, entre o final de 2019 e de 2020, entre as pessoas de 18 anos e mais.

Segundo o estudo, os meios utilizados pelos desempregados para procurar trabalho mostraram que 71% indicaram as redes sociais e internet, utilizadas sozinhas ou em combinação com outros. Ademais, 26% indicaram ter utilizado o WhatsApp. Por outro lado, 18% realizaram contato telefônico e 49% realizaram visita presencial.

Com a disseminação da pandemia, o perfil dos desempregados da RMSP mostrou maior presença dos grupos responsáveis pela manutenção dos lares. A parcela de chefes de domicílio cresceu de 27% para 31%, com declínio entre cônjuges e filhos; elevou-se de 31% para 36% a parcela de pessoas com 40 anos e mais.

O estudo ainda mostrou que para sobreviver, 485 mil pessoas desempregadas (26% do total) realizaram algum “bico” durante a pandemia. A parcela superior é de chefes de domicílio, homens, pessoas de 40 anos e mais e aquelas que não chegaram a concluir o ensino médio.

Entre os desempregados, mais de 900 mil pessoas (quase 50%) informaram ter recebido o auxílio emergencial em 2020.

Entre o contingente que estava inativo no final de 2020, 44% migraram para esta condição de atividade no período da pandemia, sendo que 35% estavam ocupados no ano anterior. Os demais estavam desempregados anteriormente e, pelas dificuldades de conseguir trabalho, não estavam procurando trabalho no final de 2020.

A crise sanitária dificultou a procura por trabalho para 22% dos inativos, um contingente de 838 mil pessoas. Entre os homens, este é o motivo mais citado para não ter procurado trabalho e estar na inatividade.

O perfil estrutural dos inativos não se alterou entre 2019 e 2020. No entanto, alguns grupos tiveram sua participação neste segmento ampliada. Assim, chefes de domicílio, homens, pessoas com ensino médio ou superior e com 60 anos e mais, ganharam participação no total de inativos.

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