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Relatório mostra desabastecimento de medicamentos em hospitais

Relatório divulgado pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, CRF-SP, após receber 234 respostas de farmacêuticos atuantes na área hospitalar em todo o estado, apontou que de acordo com 77% dos que responderam ao questionário, há problemas de desabastecimento de medicamentos em seus locais de trabalho, já 53% destacaram a falta de equipamentos de proteção individual (EPI’s) e 44% a falta de produtos para a saúde.
Os dados foram apresentados pela diretoria do CRF-SP em uma videoconferência com a Coordenadoria de Assistência Farmacêutica do Estado de São Paulo, órgão ligado à Secretaria Estadual da Saúde, com o objetivo de manifestar a preocupação do CRF-SP com a possibilidade de desabastecimento de medicamentos administrados em pacientes internados em hospitais paulistas para o tratamento da Covid-19.
O presidente do CRF-SP, Marcos Machado, reitera que o órgão está à disposição para auxiliar e evitar que a situação se agrave. A questão será levada a todas as esferas governamentais, conforme destaca o vice-presidente do CRF-SP, Marcelo Polacow, pois quem mais sofre com essa situação são os profissionais da saúde que estão na linha de frente e a população, acima de tudo.
Para a elaboração do relatório, as respostas ao questionário – que contou com 29 perguntas – apontaram entre os principais motivos para o desabastecimento, a escassez de mercado, alta demanda não esperada e preço impraticável.
Nos 103 estabelecimentos privados, 77 sofrem com o desabastecimento de medicamentos, 29 sofrem com a falta de EPI’s e 27 sofrem com a falta de produtos para a saúde. Entre os 43 públicos por parceria direta ou terceirização, 32 sofrem com o desabastecimento de medicamentos, 8 com a falta de EPI’s, 9 com a falta de produtos para a saúde e um com a falta de oxigênio medicinal.
Entre os medicamentos apontados, os sedativos (midazolam, fentanil e propofol) e os neurobloqueadores musculares (atracúrio, rocurônio, cisatracúrio) foram os mais citados entre todos os segmentos, além de heparina e escopolamina com dipirona. Em relação aos EPI’s, as luvas foram os mais citados em todos os segmentos, porém, as máscaras e os aventais foram citados por vários profissionais. Entre os produtos para a saúde, a mais citada foi a seringa, seguida por cateter e sonda.

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