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Redação do Enem e vestibular: dicas da professora Carolina

Eis algumas dicas que podem ser valiosas para enfrentar os exames de final de ano. Para redigir uma boa redação no vestibular e no Enem, uma das recomendações da professora de Gramática, Redação e Literatura, Carolina Yokota de Paula Lima (FOTO), coordenadora da Área de Língua Portuguesa do COLÉGIO HUMBOLDT, considerado referência de escola internacional alemã no Brasil, é focar em uma estrutura sólida, buscando clareza e organização no texto.

“Produzir um esboço antes de propriamente iniciar o texto é de fundamental importância, pois o aluno já saberá de antemão o caminho que será trilhado ao longo dessa escrita”, diz Carolina, que também é Mestre pela Faculdade de Educação da USP na área de Educação e Linguagem.

E a professora dá mais dicas para que o jovem se prepare para as provas e ingresse na universidade:

– ADMINISTRE O TEMPO DA PROVA E REDAÇÃO. O aluno deve iniciar a prova com uma leitura atenta da proposta de redação. Após isso, deve dedicar alguns minutos na elaboração de um esboço simples da redação (introdução, desenvolvimento e conclusão). É importante também dividir o tempo entre planejamento, escrita e revisão do texto. Praticar antecipadamente em casa a produção escrita cronometrada ajuda o aluno a se familiarizar com a pressão do tempo;

– TREINE A REDAÇÃO DO VESTIBULAR E ENEM. Não basta apenas ler estruturas prontas ou modelos de boas redações, a prática é absolutamente necessária. No entanto, a prática na produção de textos deve ser acompanhada por um professor, já que, sozinho, o aluno pode reincidir nos mesmos desvios e problemas. Dessa forma, não basta escrever muitas redações, não é somente o aspecto quantitativo que fará diferença, mas a prática juntamente com a orientação;

– REVISE TEXTOS QUE JÁ FORAM PRODUZIDOS. O desenvolvimento da competência escrita se dá por um trabalho contínuo que envolve escrita, revisão, orientação e reescrita;

– TENHA O HÁBITO DA LEITURA PARA ENRIQUECER O VOCABULÁRIO. Ao ler, o aluno se depara com novo vocabulário, novas construções linguísticas e diferentes conteúdos e leituras de mundo;

– AMPLIE SEU REPERTÓRIO. Estude temas da atualidade, assista às notícias, esteja atento a assuntos que estão em alta, saiba o que acontece não só no Brasil, mas no mundo. Mais que uma dica, isso é fundamental. O texto não é apenas forma, mas conteúdo. O aluno precisa estar atento às discussões e problemas que envolvem o Brasil e o mundo de modo que seja capaz de fazer uma leitura crítica e fundamentada dele;

– LEIA MAIS DO QUE APENAS AS MANCHETES. Os alunos devem ler artigos e textos com um viés crítico a respeito dos principais problemas do mundo. No caso de redações do Enem, é importante que o aluno reflita de que modo tais problemas poderiam ser atenuados e que setores seriam os responsáveis por isso;

– CONHEÇA OS TEMAS DE REDAÇÃO DAS PROVAS ANTERIORES. Isso auxilia em vários aspectos: ajuda os alunos a se prepararem para assuntos semelhantes aos que já foram propostos, desenvolve habilidades analíticas a respeito da construção de uma argumentação sólida e prepara o estudante para o tipo de texto esperado, entre outros;

– ATENÇÃO AO USO ADEQUADO DOS CONECTIVOS. São muito importantes para a organização do texto em parágrafos e seções, indicando quando uma nova ideia está sendo introduzida, discutida, refutada, desenvolvida etc. Eles auxiliam na coesão e coerência textual, evitando a repetição e a fragmentação do texto;

– A REDAÇÃO DO ENEM E VESTIBULAR É UM TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO. Estabeleça a própria argumentação que os textos dessas provas cobram. Antes do início da escrita, é importante que o aluno compreenda completamente a proposta de redação, identificando o recorte do tema que direcionará o desenvolvimento do texto. A tese da redação deve ser clara, específica e indicar a visão do estudante a respeito do problema apresentado. Desse modo, a proposta de intervenção solicitada nas redações do Enem estará alinhada com o tema desenvolvido e será uma continuação lógica e coerente do texto. É importante que a proposta de intervenção não seja genérica e que indique de forma específica a maneira como ela se dará e os agentes envolvidos.

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