Os dentistas são comumente acometidos pelas LERs/Dort, doenças caracterizadas por dor crônica que comumente afetam músculos e nervos de membros superiores, e cuja etiologia está relacionada aos movimentos repetitivos realizados no trabalho. Segundo o Crosp (Conselho Regional de Odontologia do Estado de São Paulo), cerca de 70% dos profissionais da área relatam algum tipo de dor pelo corpo, principalmente nos membros superiores.
“O dentista emprega força em muitas ações realizadas durante os tratamentos, necessitando ainda de precisão e execução de movimentos finos em grande parte dos procedimentos. Essa situação aumenta o risco desses profissionais desenvolverem variadas patologias”, explica o presidente da SBCM (Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão), dr. João Baptista Gomes dos Santos. A entidade lança campanha, em parceria com o Crosp, de conscientização aos dentistas, com orientações para evitarem problemas.
As lesões mais frequentes
Síndrome do túnel do carpo: trata-se da compressão do nervo mediano em nível de punho. Essa síndrome está mais ligada à repetição do movimento do que à força empregada.
Síndrome do túnel ulnar: atinge a face flexora e extensora do quarto e quinto dedos e região hipotenar. Provoca dor, alterações na sensibilidade, perda de força e impotência funcional, atingindo a face ulnar da mão.
Tendinites: inflamações que acometem os tendões.
Tenossinovites: inflamações das bainhas tendinosas e que, geralmente, acometem os músculos flexores ou extensores do punho e dedos, causando dor e dificuldades de realizar movimentos.
O tratamento para as LERs/Dort vai desde o uso de medicação, fisioterapia e exercícios físicos, até cirurgias em casos mais avançados.
Exercícios de alongamento nas mãos são importantes para prevenir as LERs/Dort. Realização de pausas durante a jornada diária também são fundamentais para manter o exercício da profissão sem transtornos.
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