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Ministério da Saúde adverte: a sífilis avança no Brasil

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o número de casos de sífilis no país nunca foi tão alto desde 2010, quando a notificação da doença passou a ocorrer de forma regular.

No ano passado, foram registrados 158 mil casos de sífilis adquirida, o equivalente a 75,8 casos a cada 100 mil habitantes. Em 2017, o número era inferior, com 59,1 casos a cada 100 mil. Para este ano, dados preliminares sugerem que a tendência de crescimento deve prevalecer.

A doença é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria treponema pallidum e, se não for tratada, pode avançar pelo organismo e provocar complicações mais graves, como cegueira, paralisia, doença cerebral, problemas cardíacos ou, até mesmo, levar à morte. No caso de gestantes, também pode provocar aborto ou má formação do feto, alerta o biólogo Giuseppe Puorto, membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS).

O tratamento da sífilis é realizado com penicilina. Seus sintomas podem ser confundidos com os de muitas outras doenças. “Os sinais também podem desaparecer por um longo período e a pessoa acreditar que esteja curada. Além de não se tratar, pode ainda transmitir a doença”, diz Puorto.

Os sintomas variam de acordo com cada estágio da doença. No início, entre 10 a 90 dias após o contágio, é comum o surgimento de algumas manchas pelo corpo e de feridas nos órgãos sexuais e na virilha. “São lesões ricas em bactérias, mas que não ardem, não coçam e não causam dor”, explica o biólogo. Ele sugere que, ao desconfiar da doença, a pessoa procure realizar o teste rápido de sífilis, que pode ser feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e cujo resultado sai em até 30 minutos.

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