Há dez anos, o projeto Icel – Interação, Cultura, Esporte e Lazer – vem atuando no sentido de incluir pessoas com deficiência física por meio de atividades esportivas e lúdicas adaptadas, através de visitas a pontos culturais e de passeios. A prática do esporte visa estimular a saúde, através de jogos inclusivos, como o o handebol em cadeira de rodas, a zumba gold e a natação.
O Icel aderiu à prática do HCR4 (Handebol em Cadeira de Rodas) no ano de 2013, para oferecer mais atividades esportivas aos seus integrantes. E para comemorar o Dia Nacional do Paratleta, 22 de setembro, o projeto realizou um encontro especial nesta data, no Centro Educacional Unificado (CEU) Cidade Dutra.
Além dos cerca de trinta integrantes do Icel e seus familiares, também voluntários que colaboram com o grupo, outros jogadores de handebol adaptado e a assessora técnica Carolina Pereira dos Santos, da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, estiveram no CEU Dutra.
Membro do Icel, Bento Basseto, de 68 anos e que teve poliomielite aos 9 meses de idade, ficando internado por 11 anos, é piloto de kart adaptado e participa de provas da categoria. “Frequento o CEU Cidade Dutra há três anos, gosto muito do que faço aqui e o pessoal é bem legal”, diz Bento. Além do handebol no Icel e do kart, Bento também pratica natação e já jogou basquete, chegando a disputar campeonato brasileiro por equipe de paraplégicos de São Paulo, mas não tem a pretensão de ser um paratleta. “Quero apenas me movimentar e no Icel, além da orientação que recebemos, a atividade esportiva une o grupo e fortalece as amizades. É o esporte unindo as pessoas”, destaca Bento.
Observando os treinamentos na quadra, a psicóloga Patrícia Cukier, conta que começou a atuar voluntariamente no Icel há dois anos, e que o objetivo do projeto é a interação de pessoas com deficiência, com foco principal no esporte. Mas ela revela que o grupo é bem heterogêneo por ter pessoas com diferentes tipos de deficiência e com homens e mulheres participando juntos. “Nós realizamos dinâmicas com os participantes para eles trabalharem suas potências e se valorizarem diante da sociedade em que vivem. Também damos atendimento psicológico individual, on-line, para os integrantes e para seus familiares”, explica Patrícia.
Ao lado do presidente e técnico do Icel, Sandro Ribeiro, e de Paulo Scarpelli, cadeirante e um dos idealizadores do projeto, Max Miranda, representante da Ágape Cirúrgica – loja de produtos para saúde e bem estar – conta que a Ágape colabora com o Icel, fornecendo alguns produtos para os membros do grupo. “São almofadas para a cadeira de rodas, luvas, tornozeleiras, palmilhas, faixas abdominais, curativos e outros, que os auxiliam na pratica do esporte e no dia a dia deles”, complementa Max, que estava acompanhado da colega Carolina Bonito.
Comente Aqui