Com a presença do governador João Doria, foi entregue no dia 1º de junho, a primeira estação sustentável de passageiros de São Paulo.
Em parceria com a iniciativa privada, a Estação Vila Olímpia, na Linha 9 – Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), passou por uma remodelagem estrutural para redução de impactos ambientais, com novos equipamentos e infraestrutura que beneficiam passageiros, priorizam energia limpa e preservam recursos naturais, de acordo com o governo.
“Essa é a primeira estação de trem patrocinada. Isso é bom porque retira o dinheiro público e coloca o privado de forma inteligente, funcional, sustentável e equilibrada para o investidor”, disse Doria.
A partir de agora, a estação conta com infraestrutura própria para gerar, captar ou reaproveitar a maior parte dos insumos necessários na operação do local. De acordo com o governo, a modernização permite que a parada alcance até cem por cento de autossuficiência nos meses em que houver disponibilidade para geração de energia limpa ou reuso hídrico.
A parceria entre o governo do Estado e as empresas Eletromidia e Santander possibilitou a instalação de 234 placas solares sobre a cobertura da Estação Vila Olímpia. Juntas, elas vão gerar cerca de 8.500 quilowatts-hora por mês e zerar a tarifa de energia elétrica do local, estimada em torno de R$ 300 mil anuais, custeados pelo poder público.
Sustentabilidade e economia
A remodelagem sustentável também permite captação e armazenagem a partir de 46 mil litros por mês de água para reuso em irrigação de áreas verdes e limpeza dos banheiros reformados para não poluir o rio Pinheiros.
A água de reuso passa pelas raízes de plantas e chega limpa no novo sistema de irrigação, com economia estimada em mais de 150 mil litros mensalmente.
A estação conta ainda com um novo bicicletário para 90 bicicletas. Se usado em sua capacidade máxima, o equipamento permite cortar a emissão de 360 quilos de dióxido de carbono diariamente. O cálculo considera que cada bicicleta representa um carro a menos em circulação na capital, com redução média de quatro quilos de poluentes por dia.
A estação também passa a contar com pontos de recarga para bicicletas elétricas e calhas nas laterais das escadas fixas para facilitar o transporte das bikes.
A recriação do paisagismo resultou em 1.454 metros quadrados de área verde, com plantio de árvores no jardim central e cobertura vegetal de paredões dentro e fora da estação. São nove espécies nativas com potencial para reduzir o impacto de ilhas de calor, melhorar a qualidade do ar e atenuar o odor de efluentes do rio Pinheiros.
A estação também recebeu soluções ambientais produzidas com material reciclável, como novas plataformas de coleta seletiva de lixo, bebedouros, bancos com pontos de carregamento USB e uma marquise de proteção contra chuvas. Ao lado das catracas também está o LAB, espaço de convivência com assentos para descanso e pontos para recarga de celular.
Além disso, a Estação Vila Olímpia ganhou uma obra do artista plástico Kobra, em referência ao uso do rio Pinheiros na primeira metade do século 20. Com dimensões de 10,7 metros de comprimento por 2,6 m de largura, o painel usa cores vibrantes para retratar remadores cruzando as águas então limpas do Pinheiros.
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