A questão da cracolândia existente na avenida Atlântica, proximidades do largo do Rio Bonito, e as aulas promovidas pelas autoescolas em ruas do Bolsão de Interlagos, foram os dois principais temas da reunião ordinária mensal do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) de Interlagos, realizada na noite de 3 de agosto, nas dependências do Colégio Humboldt, no bairro de Veleiros, distrito de Socorro.
Conduzida pela presidente Ariana Cardoso, do Conseg, a reunião contou com as presenças na mesa dos trabalhos do major Rezende, comandante interino do 27º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (27º BPM-M), do capitão Joabe, da 2ª Cia. do 27º BPM, do delegado Lawrence, do 102º Distrito Policial (Socorro), do inspetor Ricardo da Silva, da Guarda Civil Metropolitana (Capela do Socorro), de Fábio Ribeiro e Thiago Rocha, da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), de Rogério Silva, da Sabesp, e de Carlos Getúlio, chefe de gabinete da Subprefeitura Capela do Socorro (SPCS).
Na abertura, o major Rezende realçou a importância das pessoas ligarem para o número 190 (Copom) para informarem sobre alguma ocorrência, o que ajuda as polícias no controle científico dos registros e para obtenção de dados que as auxiliem a realizar um trabalho mais eficiente e poder dar um melhor atendimento à população.
Por seu lado, Carlos Getúlio informou a arrecadação de 800 cobertores para a campanha de combate ao frio da SPCS, para entrega aos moradores de rua da região, para assim enfrentarem os dias de frio intenso que assolaram a cidade recentemente. Carlos agradeceu à comunidade que participou da ação, fazendo doações. Daniela Amâncio, também da SPCS, lembrou que a comunidade também foi parceira da Subprefeitura na revitalização da área verde que margeia o córrego da avenida dos Lagos, em Veleiros.
Indagado por um morador sobre ações na cracolândia instalada na avenida Atlântica, Carlos respondeu que a SPCS faz visitas constantes ao local e que apenas atua na remoção de pessoas que precisam de socorro médico. Para ele, a solução é a aprovação de uma medida compulsória que autorize a retirada daquelas pessoas pelos órgãos públicos. O major Rezende acrescentou que se a população notificar a PM sobre ocorrências na cracolândia (roubos, tráfico de drogas), ela também agirá no local, o que poderá inibir a presença de seus moradores.
Outro tema polêmico
Outro morador falou sobre o tráfego intenso na região do Bolsão de Interlagos, atualmente, e sobre os acidentes ocorridos no local, envolvendo carros e motos de autoescolas que fazem treinamentos e aulas em ruas do bolsão, praticamente tomando conta das vias. Também foi levantada a suspeita – por outro morador que presenciou um quase assalto – de que pessoas se aproveitem dessa situação, com motos e alunos forjados, para praticarem roubos no bairro.
Além destas duas questões, muito discutidas na reunião, os presentes que compareceram em bom número, apresentaram demandas como a retirada de material proveniente da poda de árvores e que são deixados no local; a necessidade de mão única na rua Neuchatel, na Vila Friburgo; a colocação de uma Base Móvel da PM no Parque do Laguinho, nos horários de pico; e a verificação da fiação mal colocada nos postes pelas operadoras, entre outras.
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