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Comitê reivindica duplicação original da M’Boi Mirim

Movimentos sociais reunidos no Comitê Unificado pela Duplicação da M’Boi Mirim estão reivindicando o início imediato da duplicação da estrada de M’Boi Mirim pelo projeto original, elaborado com a participação da sociedade na gestão do ex-prefeito Fernando Haddad. Por este projeto, são 6,5 quilômetros de extensão com 27 metros de largura, incluindo corredor central e exclusivo de ônibus, ciclovias e quatro pistas de rolamento.

Segundo o comitê, as obras chegaram a ser licitadas pela Prefeitura no fim da gestão Haddad e uma empresa foi contratada para realizá-las, mas na administração João Doria, o projeto foi engavetado e proposto outro, menor e por preço mais alto (R$ 446,8 milhões).

O comitê informa que o projeto da atual gestão, agora em convênio com o governo do Estado, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), prevê a  duplicação simples de 5,1 quilômetros, sem corredores de ônibus e de ciclovias. Ele foi anunciado em fevereiro deste ano e agora, em 8 de setembro último, suspenso pelo Tribunal de Contas do Município.

Para José Geraldo Araújo, um dos coordenadores do comitê, a duplicação da M’Boi Mirim foi cancelada por irregularidades, fruto de “licitações atabalhoadas”.  Ele conta que a demanda pela duplicação do trecho de 6,5 quilômetros entre o terminal de ônibus do Jardim Ângela e a avenida dos Funcionários Públicos data de 2009 e tem como objetivo reduzir o tempo gasto em transporte, tanto para quem usa automóvel – porque melhoraria o tráfego – quanto para usuários de ônibus, que chegam a levar 3 horas diárias entre ida e volta do trabalho.

Araújo lembra que, em 2010, já na gestão Gilberto Kassab, a situação piorou com o seccionamento feito das linhas de ônibus, que excluiu a construção de um novo terminal para baldeação, já que o do Jardim Ângela não comporta o movimento. Em vez  do novo terminal intermodal, que previa a construção posterior de estação do metrô, e chegou a ser licitado, foi entregue somente uma estação de transbordo em frente ao Hospital do M’Boi Mirim.

“É um absurdo que uma região com mais de 700 mil moradores e 62 quilômetros quadrados, por onde transitam também as populações de Itapecerica da Serra e Embu-Guaçu, seja servida por um único modal de transporte público, o ônibus. E ainda assim de modo muito precário”, diz Araújo.

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