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Cidade sem ciclofaixas e sem zeladoria nos parques

As ciclofaixas de lazer da cidade de São Paulo estão suspensas por tempo indeterminado. Já em agosto passado, a Prefeitura havia informado que a empresa que patrocinava a implantação das ciclofaixas todos os domingos e feriados, com sinalização e criação de bloqueios, desistiu de dar continuidade.

Segundo informe da Secretaria de Comunicação, o prefeito Bruno Covas havia determinado que a Prefeitura assumisse as operações das Ciclofaixas de Lazer, a partir de 1º de setembro, evitando a interrupção do programa. Isso seria feito até que o Comunicado de Manifestação de Interesse estivesse concluído e uma nova empresa patrocinadora fosse escolhida.

Todavia, em 30 de agosto, a Prefeitura informou em nota, por meio da Secretaria de Mobilidade e Transportes (SMT), que busca empresa para operar a ciclofaixa de lazer na cidade, pois a patrocinadora que operava o programa decidiu encerrar sua operação no dia 25 de agosto.

Ainda segundo a nota, no dia seguinte, 26 de agosto, a SMT abriu processo para contratação emergencial do serviço, entretanto, as “propostas apresentadas não atendem aos requisitos legais e não garantem a segurança dos ciclistas”. Em razão disso, a SMT informou que a ciclofaixa de lazer terá “sua operação temporariamente suspensa até que seja possível contratar nova empresa que ofereça o serviço com segurança à população”.

As Ciclofaixas de Lazer vinham funcionando na cidade há 10 anos e, no total, elas se estendem por 117 quilômetros de extensão e estão divididas em nove trechos: Paulista / Jabaquara (18,61 km), Paulista / Centro (16,2 km), Jabaquara / Ibirapuera (10,2 km), Ibirapuera / Parque do Povo (7,9 km), Parque do Povo / Villa Lobos (15 km), Brasil / Paulo VI (8,5 km), Parque do Povo / Chuvisco (13,4 km), Zona Norte (7,9 km) e Zona Leste (19,1 km).

Parques sem zeladoria e segurança

A Prefeitura de São Paulo, através da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, decidiu revogar os contratos de zeladoria e segurança de 107 parques públicos da capital por até trinta dias, conforme publicação no Diário Oficial do Município do último sábado, 30 de agosto. A Prefeitura informou que os 107 parques terão zeladoria, mesmo com os contratos suspensos.

Em nota assinada por seu presidente, Moacyr Pereira, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio, Conservação e Limpeza Urbana de São Paulo (Siemaco – SP) repudiou a decisão  da administração municipal, alegando que centenas de trabalhadores perderão seus postos de trabalho porque as empresas contratadas para fazer a manutenção dos logradouros “não receberão os valores previstos em contrato”.

Além disso, o Siemaco diz que esta atitude da gestão Bruno Covas também colabora para “o abandono de espaços públicos”. O sindicato questiona a afirmação da Prefeitura que os 107 parques terão zeladoria, mesmo com os contratos suspensos. “Se o contingente de profissionais de manutenção nesses locais já era escasso antes da suspensão, como agora a Secretaria do Verde vai direcionar pessoal qualificado e equipamentos, repentinamente e em um número razoável, para manter o mínimo de organização nesses espaços públicos?”, indaga o Siemaco.

Por fim, o sindicato afirma que buscará respostas junto à gestão municipal sobre a revogação dos contratos, além de acionar seu departamento jurídico para atuar em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras dos 107 parques.

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