Em um mundo cada vez mais digital e acelerado, onde relações se dão por telas e aplicativos, a serenata segue viva como uma expressão de romantismo e memória afetiva.
O grupo Serenata & Cia, que completa 25 anos de atuação ininterrupta, é prova dessa resistência. Levando música e emoção a aniversários, pedidos de casamento, eventos corporativos e campanhas, o grupo transforma momentos em experiências inesquecíveis.
A serenata tem raízes no século XVII, com trovadores que cantavam ao luar. No Brasil, tornou-se tradição popular, com seresteiros e violonistas eternizados na cultura nacional. Hoje, mesmo diante da efemeridade das redes e da música digital, essa prática sobrevive como um gesto de entrega, valorização e presença — valores raros na sociedade atual.
“O que entregamos não são só músicas, são emoções que ficam na memória”, afirma Fredi Jon, criador do grupo. O Serenata & Cia começou de forma modesta e hoje atua em diversos formatos, revelando uma tendência crescente: a valorização da economia da experiência. Em vez de objetos, as pessoas buscam vivências significativas. Segundo a Eventbrite, 63% dos consumidores preferem investir em experiências a comprar bens materiais.
Nesse contexto, a serenata se reinventa: é marketing afetivo, ação de endomarketing e ativação emocional. O grupo adapta seu repertório — de boleros a músicas contemporâneas — e realiza desde apresentações intimistas até intervenções em congressos e eventos empresariais.
“Cantamos para corações e para equipes, resgatando vínculos e afetos”, diz Fredi. Com serenatas virtuais e trilhas sonoras personalizadas, o grupo amplia sua atuação sem perder a essência: emocionar com música ao vivo.
Mas manter essa tradição tem seus desafios. A cultura da serenata exige tempo, entrega e presença, na contramão da música de consumo instantâneo. Além disso, formar novos músicos com sensibilidade e dedicação é uma missão complexa. É preciso também equilibrar tradição e inovação, sem se tornar obsoleto ou perder identidade.
Paradoxalmente, o que parecia ultrapassado hoje encontra terreno fértil. Tendências como o slow living e o marketing sensorial revalorizam práticas como a serenata. Nas redes, vídeos emocionantes viralizam; nas empresas, cresce o interesse por experiências humanizadas.
Para o Serenata & Cia, a missão continua clara: ser ponte entre passado e presente, entre gesto romântico e impacto emocional. “Quando vemos pessoas chorando ou se abraçando ao som da nossa serenata, temos certeza de que essa tradição seguirá viva”, conclui Fredi, emocionado.
Colaboração: Fredi Jon
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